Vivendo a contradição entre ser mulher e ser profissional no processo de cuidar de mulheres soropositivas para o Hiv

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rangel, Tainara Serodio Amim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11187
Resumo: A presente pesquisa pretendeu investigar os significados atribuídos por mulheres profissionais ao processo de cuidar de mulheres com Hiv, considerando a vulnerabilidade no contexto da feminização do Hiv/Aids. Para isto traçou como objetivos: descrever os significados atribuídos por mulheres que cuidam de mulheres soropositivo para o Hiv, considerando a vulnerabilidade no contexto da feminização do Hiv/Aids; analisar o processo de interação de mulheres profissionais no cuidado de mulheres soropositivo para o Hiv à luz do interacionismo simbólico A metodologia empregada foi a abordagem qualitativa subsidiada pela Grounded Theory. A técnica de coleta de dados escolhida foi entrevista semi-estruturada. Em consoante com a Grounded Theory, o referencial de análise dos dados foi o Interacionismo Simbólico. A pesquisa apontou duas categorias centrais pelas quais permeiam os significados do cuidado em questão. Na primeira, a mulher-profissional fala como mulher que crê estar ao imune ao Hiv por via sexual mantendo relacionamento estável, onde se verifica forte vulnerabilidade de gênero para o Hiv; na segunda, a profissional-mulher reconhece a vulnerabilidade das mulheres que cuida, e dita regras de como viver e como se prevenir para o Hiv, como o uso do preservativo. A partir destas categorias identificou-se que os significados atribuídos por mulheres profissionais ao processo de cuidar de mulheres com Hiv, considerando a vulnerabilidade no contexto da feminização do Hiv/Aids, assumiu significados diferentes a partir das diversas situações vividas e das experiências interacionais das profissionais. Assim, os significados se agruparam em dois fenômenos: o de Saúde para a mulher e o de Morte para a mulher e riscos para si. O estudo concluiu que as profissionais ainda trazem consigo a antiga visão do Hiv/Aids, o que contribui para o fomento da discriminação e do preconceito, mesmo estes não estando presentes em seus discursos. Desta forma, cuidar de uma mulher com Hiv pode ser especial por ser uma oportunidade de esperança e recomeço para a mulher, como também um momento de julgamento e condenação e, ainda, de se colocar em risco para cuidar do outro.