Hoje é dia de Ivete: um estudo sobre a face cordial na construção do self da cantora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Rafael do Nascimento da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13926
Resumo: Este trabalho, que se insere no campo da Sociolinguística Interacional (SI), tem como objetivo investigar a construção da autoimagem (self) da cantora Ivete Sangalo em três exposições públicas: a primeira, quando a cantora narra a um grupo de pessoas (não identificadas) a respeito da sua cômica ida ao desfile de moda da Chanel, em Paris; a segunda, estruturada por meio de uma entrevista para o quadro Grandes Mulheres, do programa Todo Seu, guiada pelo apresentador Ronnie Von; e, por último, uma entrevista realizada pela rádio Bahia FM, no quadro Fuzuê de Verão, com os apresentadores Marcelo Habib e Osmar Marrom. O foco da análise recaiu sobre duas características que parecem bastante significativas à construção midiática de Ivete Sangalo em que a cantora, segundo a hipótese aqui presente, mostra-se bastante engajada em controlá-las durante as interações, sendo elas (i) a formulação e/ou manutenção de sua identidade de povão e (ii) a rejeição a alinhamentos que configurem sentimentos ou imagens negativos. Para tal, relacionei o conceito de face, introduzido por Goffman ([1956] 2014; [1963] 2010; [1967] 2011; 1980), aos estudos a respeito de cordialidade, apresentados por Holanda ([1936], 2014) e revisitados por Veloso e Madeira (1989), Da Matta ([1979], 1997; [1984], 1986), Rocha (1998, 1995) e Wilson (cf. CERBINO, 2000; WILSON, 2014, 2017), para verificar se a manutenção da face positiva (ou self) da cantora ratifica a produtividade do fenômeno da cordialidade na conformação e estruturação do perfil ou do caráter do brasileiro.