Análise da dinâmica de praias na borda continental do litoral Sul Fluminense
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23144 |
Resumo: | O presente estudo tem por objetivo analisar a dinâmica de praias localizadas na porção continental do litoral sul fluminense entre 2022 e 2023. Este litoral possui inúmeras ilhas, pequenas enseadas e estreitas planícies costeiras, influenciadas pela presença da escarpa cristalina da Serra do Mar. As praias da Reserva do Sahy (Mangaratiba), do Biscaia, Grande e Brava (Angra dos Reis) e Mambucaba (Paraty) foram selecionadas para o monitoramento, por se tratarem de praias relativamente abrigadas dentro das baías e devido à importância destas para a região. A metodologia consistiu na realização de um total de 5 trabalhos de campo sazonais, realizados em todas as estações de 2022 e no verão de 2023. Foram adquiridos um total de 51 perfis topográficos de praia; coletadas 133 amostras de sedimentos para análise granulométrica e morfoscopia; além de registros acerca das condições de mar e dos geoindicadores relativos à erosão costeira; foi realizado o cálculo do volume de sedimentos emersos das praias, à fim de verificar ganhos ou perdas entre os monitoramentos; e o mapeamento da linha de costa entre 2005 e 2022, para identificação de áreas suscetíveis à erosão. Os resultados obtidos mostram que as praias estudadas exibem uma dinâmica morfológica distinta, como reflexo de sua localização em relação à entrada de ondas nas baías, que atingem com maior energia as praias Brava e de Mambucaba, voltadas diretamente para a entrada oeste da Baía da Ilha Grande. As praias da Reserva do Sahy, do Biscaia e Grande são as menos dinâmicas, com perfis homogêneos entre as estações. A praia Brava apresentou variações na largura entre a máxima de 88 m (verão 2022) e mínima de 50 m (verão 2023). Mambucaba foi a mais dinâmica entre as praias estudadas, com variações na largura entre a máxima de 63 m (primavera) e mínima de 25 m (inverno), ambas em 2022. O cálculo do volume de sedimentos emersos mostra que as praias apresentam um equilíbrio sedimentar, em conformidade aos perfis topográficos de praia adquiridos em 2022 e 2023, com poucas flutuações de ganho e perda de sedimentos resultantes das variações nas condições de mar. O mapeamento da linha de costa entre 2005 e 2022 mostrou que as praias do Biscaia e Grande apresentaram pequenas variações decorrentes da própria dinâmica do ambiente praial; já as praias Brava e de Mambucaba apresentaram variações mais expressivas em função das mudanças nas condições de mar. Na praia da Reserva do Sahy as variações apontam para um recuo de 0,5 metro/ano (setor sul), o que pode indicar um processo erosivo nesse período. Os sedimentos dessas praias são constituídos predominantemente por areia quartzosa média, subangulares a subarredondadas, com brilho vítreo; o grau de selecionamento varia entre muito bom a moderado. O tamanho dos grãos aumenta gradualmente em direção à porção submarina nas praias do Sahy, Biscaia e Grande, o que não ocorre em Brava e Mambucaba. As praias estudadas exibem em geral nível médio de suscetibilidade a ressacas, devido à ausência de dunas, escassez da vegetação e presença de estruturas urbanas próximas à faixa de areia. Espera-se que os dados aqui apresentados sejam utilizados pelos gestores locais para a mitigação e resolução de problemas costeiros. |