Diálogos de uma tortura, discursos de um crime
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6942 |
Resumo: | O presente trabalho centra-se na análise de dois diálogos gravados a partir de interceptação telefônica autorizada judicialmente referente a uma investigação da polícia federal envolvendo Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar. Nesses diálogos, Beira-Mar conversa com sua vítima Michel Anderson Nascimento dos Santos. Michel foi surrado e torturado. Teve as mãos, os pés e as orelhas cortadas, foi obrigado a engolir sua própria orelha e foi solicitado a falar sobre o seu estado físico no telefone. A partir do conceito da semântica global de Dominique Maingueneau (2005), tem-se como objetivo refletir sobre como os elementos discursivos e os relacionados à emissão vocal estão intimamente ligados na produção do sentido desses enunciados. Pensar como as relações de força, poder e violência, bem como os sentidos produzidos pelo discurso se estabelecem em circunstâncias envolvendo tortura e homicídio em diálogos reais nos motivou. A análise desse caso real, em que foi possível a gravação de um diálogo envolvendo torturador e torturado, nos permite visualizar como esses processos ocorrem em uma realidade pouco estudada em Análise do Discurso, a realidade do crime. |