Análise da ocorrência de alterações citopatológicas no canal anal em mulheres com lúpus e lesões citopatológicas cervicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Iamut, Maruska Dib
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19726
Resumo: O câncer anal é incomum e representa cerca de 0,5% entre todas as malignidades, sendo o carcinoma de células escamosas o tipo histopatológico mais comum. Este compartilha várias características com o câncer de colo uterino, sendo a principal delas a infecção pelo HPV como um fator necessário para seu desenvolvimento. Determinados grupos de risco apresentam maior incidência de câncer anal, como pacientes com HIV, história de neoplasias genitais, tabagismo e diagnóstico de doenças autoimunes ou que fazem uso de medicações imunossupressoras. Está estabelecido que pacientes com lúpus têm mais chances de desenvolver alterações citopatológicas cervicais que a população geral, porém não se sabe se o mesmo acontece no canal anal. Este estudo avaliou a ocorrência de alterações citopatológicas anais em pacientes com lúpus e alterações citopatológicas cervicais. Trata-se de estudo observacional, realizado no ambulatório de lúpus do Departamento de Reumatologia do HUPE/UERJ, onde 1222 pacientes são rotineiramente acompanhadas. Outros hospitais foram incentivados a encaminhar, para esta pesquisa, mulheres que apresentassem critérios de inclusão. Das 239 pacientes com LES entrevistadas, 13 foram encaminhadas para a coleta da citologia anal. 3 pacientes foram encaminhadas de outros serviços, somando-se 16 pacientes inclusas, das quais 9 (56,25%) apresentaram alterações citopatológicas anais, cinco (31,25%) tiveram exames citopatológicos sem alterações e 2 (12,5%) não tiveram resultados por apresentarem citologia insuficiente para análise. Pôde-se observar uma ocorrência de 56,25% de alterações citopatológicas anais em pacientes com lúpus e alterações citopatológicas cervicais. Das 9 pacientes que evoluíram com alterações citopatológica anais, duas (22,22%) foram ASCUS, 3 (33,33%) foram ASC-H e 4 (44,44%) foram LSIL. Nenhuma apresentou HSIL. Novos estudos precisam ser incentivados para que, uma vez confirmado o aumento da incidência destas alterações, seja possível aplicar métodos de rastreio para as pacientes do grupo de risco e assim evitar a progressão destas lesões para o câncer anal invasivo.