Rastreamento de lesões intraepiteliais anais em mulheres imunocompetentes portadoras de lesão intraepitelial de alto grau e câncer de colo uterino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Brum, Vivian de Oliveira Rodrigues lattes
Orientador(a): Leite, Isabel Cristina Gonçalves lattes
Banca de defesa: Polisseni, Fernanda lattes, Melo, Yara Lúcia Mendes Furtado de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00007
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12399
Resumo: A incidência e mortalidade do câncer anal apresentam progressão mundial desde 1975, chegando a 2,06 por 100.000 mulheres. É associado à infecção pelo Papilomavírus Humano em 90% dos casos, sendo precedido pelas lesões intraepiteliais anais de alto grau. A citologia anal é o teste de rastreamento. A anuscopia de alta resolução com biópsia é o padrão-ouro para o diagnóstico. O objetivo do estudo foi determinar a prevalência e possíveis variáveis associadas à lesão intraepitelial e câncer anal em mulheres imunocompetentes com lesão intraepitelial de alto grau de colo uterino, assim como a concordância entre métodos diagnósticos. Foi realizado um estudo de corte transversal, em mulheres imunocompetentes com diagnóstico histológico de lesão intraepitelial de alto grau de colo uterino e câncer, entre janeiro de 2016 a setembro de 2020. Todas foram submetidas à citologia anal e ao questionário de caracterização e fatores de risco. Mulheres com citologia alterada foram submetidas à anuscopia e biópsia. Ao todo, 69 completaram o estudo. Destas, 7 (10,1%) apresentaram citologia anal alterada (lesão de alto grau, atipia em células escamosas de significado indeterminado e atipia em células escamosas, não podendo afastar lesão de alto grau: 2,9 % cada; lesão de baixo grau: 1,4%). Das anuscopias, 3 (42,8%) demonstraram alterações. Uma biópsia evidenciou lesão intraepitelial anal de baixo grau. No grupo com citologia anal alterada foram identificadas maiores médias de gestações, partos vaginais e abortamentos. Contudo, maior número médio de cesarianas foi associada à citologia normal. A prevalência de lesão intraepitelial anal (10,1%) foi compatível com a literatura, principalmente no Brasil. O rastreamento oportunístico de lesões intraepiteliais anais nesta população de risco deve ser considerado. A citologia anal se mostrou adequada para este fim, pelo baixo custo e facilidade de reprodução em serviços públicos de saúde. Entretanto, o método ideal de rastreamento ainda deve ser abordado em estudos futuros.