O Integralismo entre a Família e o Estado: uma análise dos integralismos de Plínio Salgado e Miguel Reale (1932-1937)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ramos, Alexandre Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13171
Resumo: Considerado o primeiro partido político de massas do Brasil, a Ação Integralista Brasileira (AIB), fundada em 1932 pelo escritor paulista Plínio Salgado, foi um movimento de feições políticas e culturais de intensa atuação (legal) até 1937, quando foi colocado na ilegalidade pelo Estado Novo de Getúlio Vargas. Organização hierárquica, possuidora de toda uma ritualística elaborada (contava com uniforme, milícia, bandeira, hino, datas comemorativas e toda uma sorte de rituais para diversas ocasiões), a Ação Integralista Brasileira serviu de pólo aglutinador de uma série de idéias contrárias ao liberalismo e ao comunismo e que propunham uma nova forma de estrutura política, social e econômica para o País. Diversos intelectuais congregaram-se sob a AIB, concedendo-lhe, assim, outra característica marcante: a existência de variadas propostas no interior do Integralismo as quais propiciaram a elaboração de integralismos, isto é, proposições que, por vezes, distinguiam-se de outras, conferindo considerável heterogeneidade ao movimento. Assim, este trabalho tem por objetivo analisar e compreender os integralismos de dois de seus principais intelectuais, Plínio Salgado e Miguel Reale, que produziram propostas não só de visível abrangência (trazendo diversos elementos para suas reflexões) como bastante distintas entre si. De um lado Plínio Salgado elaboraria um integralismo de feições totalitárias, enquanto do outro, Miguel Reale ocupar-se-ia com um caracteristicamente conservador, dotado de traços autoritários. Por meio de uma análise isolada de cada proposta, procurar-se-á, em um primeiro momento, demonstrar quais elementos no pensamento de cada autor viabilizam sua aproximação do totalitarismo, do conservadorismo e do autoritarismo, para em seguida destacar onde residem algumas das principais diferenças entre eles.