Reatividade da astroglia durante o desenvolvimento da retina de ratos submetidos a um modelo de hipóxia-isquemia pré-natal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fonseca, Lara Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20312
Resumo: O insulto hipóxico-isquêmico (HI) é o responsável por diversos comprometimentos no SNC, durante o seu desenvolvimento ou na fase adulta. Suas consequências podem causar diversos graus de retinopatias e deficiências visuais. Dessa forma, investigar os efeitos desse insulto na retina pode auxiliar a elucidar os mecanismos responsáveis pelas consequências e assim traçar medidas terapêuticas. Esse trabalho buscou mimetizar o evento mais ocorrido em humanos, que ocorre de forma pré-natal e pode ser irreversível. Utilizando um modelo em que o fluxo uterino e ovariano da rata grávida é obstruído por 45 minutos no 18º dia gestacional, já foi relatada diminuição da espessura do nervo óptico e das projeções retinianas no Núcleo Geniculado Lateral dorsal (NGLd), perda de CCG e a não manutenção da constrição pupilar. Neste trabalho, o objetivo foi avaliar a reatividade glial na retina de ratos Wistar durante o desenvolvimento (aos dois, nove, vinte e três e trinta dias pós-natal). Foi realizado o procedimento cirúrgico de indução de HI com a obstrução do fluxo uterino e ovariano (grupo HI) por 45 minutos no décimo oitavo dia da gestação. Animais que passaram por todo procedimento cirúrgico exceto pela obstrução do fluxo sanguíneo constituem o grupo falso operado (SH). Foi realizada a avaliação histológica com o objetivo de avaliar o desenvolvimento e a resposta ao insulto HI nas células da linhagem astroglial da retina, astrócitos e glia de Muller, utilizando a imunohistoquímica para a proteína glial fibrilar ácida (GFAP) e para a vimentina (VIM). Também foi avaliada a imunomarcação para o transportador de glutamato GLAST. Os resultados obtidos mostraram que o insulto HI promove um aumento da marcação de GFAP e VIM no trigésimo dia pós-natal, bem como altera a padrão de imunomarcação para o transportador GLAST, antecipando o pico de marcação para a idade de nove dias no grupo HI. Em conjunto, os resultados mostram que também na retina ocorre a gliose já relatada em outras regiões do encéfalo de animais submetidos a esse modelo de HI pré-natal. Somados aos resultados obtidos referentes ao transportador GLAST, reforçamos a hipótese de alterações no transporte de glutamato que podem contribuir para a excitotoxicidade glutamatérgica, um dos eventos responsáveis pela morte neuronal oriunda dessa lesão. O modelo de HI pré-natal desenvolvido nesse trabalho, mais uma vez, se mostra uma ferramenta importante para o estudo das lesões causadas pela HI durante o desenvolvimento, assim como para a avaliação de possíveis estratégias terapêuticas.