Lugares da memória: o asilo de Mãe e a escola de Ondjaki

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silveira, Vanessa Barros Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22685
Resumo: O estudo em questão analisa a reconstrução de eventos, lugares e pessoas nas obras Bom dia, camaradas (2001), de Ondjaki, e A máquina de fazer espanhóis (2010), de Valter Hugo Mãe. Ao enfocar as recordações das personagens acerca da colonização e da Guerra Civil em Angola, assim como dos vestígios da ditadura salazarista em Portugal, a pesquisa explora a relação entre Memória e História, empregando o conceito de metaficção historiográfica. As obras selecionadas apresentam protagonistas que vivenciaram esses períodos historicamente significativos, mas como pessoas comuns e não como combatentes, destacando, respectivamente, a relevância dos mais velhos como guardiões da memória e a figura da criança como aquele que busca compreender o passado. Os lugares onde a maior parte dessas memórias ocorre são significativos: o asilo e a escola representam símbolos coletivos de velhice e infância, respectivamente. A análise comparativa dos romances revela convergências e divergências nas perspectivas dos personagens, contribuindo para a compreensão da construção da memória coletiva e individual. Além disso, a dissertação busca explorar os mecanismos em que as narrativas literárias atuam como formas de metaficção historiográfica, questionando as limitações do discurso histórico tradicional. O objetivo é compreender como essas obras contemporâneas reinterpretam a história recente de Angola e Portugal, destacando as complexidades da construção da memória histórica e sua interação com literatura, história e identidade cultural em contextos pós-coloniais e pós-ditatoriais