Uma leitura fenomenológico-hermenêutica do fenômeno da prescrição de psicofármacos na Atenção Psicossocial (CAPSad)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Braga, Lorena Léa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17067
Resumo: A presente dissertação de mestrado propõe-se a empreender uma compreensão fenomenológico-hermenêutica sobre a prevalência do cuidado com psicofármacos na Atenção Psicossocial brasileira, mais especificamente no CAPSad. Para tanto, traremos algumas contribuições da fenomenologia-hermenêutica erigida pelo filósofo Martin Heidegger, no que concerne à sua analítica existencial acerca do homem enquanto Dasein, que tende a desvelar o mundo ao modo da provocação e controle dos entes. Estas características também se apresentam como intrínsecas à compreensão científica. O des-velar provocativo da com-posição (Gestell) encontra-se presente nas formas de tratamento do que se reconhece como loucura/doença/transtorno mental no mundo Ocidental, desde o modelo manicomial até o momento presente, em que a prescrição de psicofármacos manifesta-se de forma contundente, inclusive nos dispositivos substitutivos, como o CAPSad. Portanto, faz-se relevante questionar a incisiva prescrição de psicofármacos na Atenção Psicossocial, pois a crescente patologização do homem e a sua consequente correção via psicofármacos não contribui para uma lida terapêutica que promova sua liberdade e, consequentemente, lhe possibilite se responsabilizar pela sua própria existência.