Historicidade e clínica: contribuições para o método fenomenológico-hermenêutico na psicologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Assis, André Sendra de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-01042019-100523/
Resumo: A pesquisa versa sobre o fenômeno da historicidade pessoal e a possibilidade de articulação dessa mesma historicidade. Ao discutir esse acontecimento no interior do contexto clínico, pretende-se contribuir para o avanço dos estudos no campo da Psicologia Clínica, mais especificamente, na abordagem de orientação fenomenológica e hermenêutica. Tomando como ponto de apoio a ideia de historicidade, tal como proposta pelo filósofo Martin Heidegger em Ser e tempo, como realização concreta da temporalidade do existir, buscamos compreender como um determinado modo de lidar com a história pessoal pode se esgotar, abrindo espaço para que um projeto existencial venha a alcançar mobilidade histórica. Ao pensarmos esta questão inserida no contexto clínico, a partir da relação entre terapeuta e paciente, torna-se relevante pensar o papel do terapeuta como aquele que sustenta um lugar de tensão com a medida do paciente, guardando um espaço de alteridade, um espaço do acontecimento de outra possibilidade. Para tanto, o trabalho se encaminha no sentido de agrupar referências teóricas do que foi produzido no campo da Psicologia fenomenológicohermenêutica, com ênfase na daseinsanálise de Ludwig Binswanger e Medard Boss. O que caracteriza propriamente este trabalho é partir das referências de Ser e tempo e do trabalho dos psiquiatras citados, somando a elas o pensamento tardio de Martin Heidegger, apresentando uma aplicabilidade diversa do que a pensada pelo autor, na medida em que busca fazer uma analogia entre as reflexões de Heidegger sobre a mobilidade histórica do mundo e a possibilidade da mobilidade histórica do paciente no contexto clínico