Inclusão e integração social da criança e do adolescente transgênero no ambiente escolar: um exercício de direito, saúde pública e cidadania.

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Guimarães, Camila de Carvalho Ouro
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética aplicada e Saúde Coletiva
• Palavras-chave em Português: Child and adolescent transgender; Sexual diversity; Social inclusion and integration; Education; Law; Public health; Bioethics; Criança e adolescente transgênero; Diversidade sexual; Inclusão e integração social; Educação; Direito; Saúde pública; Bioética; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7751

Os termos transexualidade, transexual e transgênero permeiam a sociedade moderna, assim como tantos outros criados para conceituar e definir aqueles que não se encaixam no padrão sexual por ela determinado. A sexualidade considerada normal faz parte de um sistema binário de masculino ou feminino em que se tem como predominante o padrão de identidade heterossexual. É cediço que a sociedade avançou, ainda que de forma tímida, nas últimas décadas, no que diz respeito à redução do preconceito e ao aumento do respeito e solidariedade pela luta daqueles que têm sexualidade diversa do padrão heteronormativo. O objeto deste estudo são as políticas educacionais de inclusão e integração no ambiente escolar, e o principal objetivo é descobrir a visão do profissional da Educação acerca da inclusão e integração social da criança e do adolescente transgênero no ambiente escolar. A pesquisa se justifica pelo elevado índice de evasão escolar em razão do preconceito e do bullying sofridos por essas crianças e adolescentes, tendo como consequência a dificuldade de inserção no mercado de trabalho, a realização de atividades profissionais informais e, em grau mais grave, a prostituição e a marginalidade. Constatou-se, por meio desta pesquisa, que, apesar de existirem políticas LGBTs, estas são voltadas majoritariamente para o público adulto. Em função disso, não se fomenta também a criação de políticas educacionais de inclusão. O que se propõe com esta pesquisa é tentar compreender a visão do profissional da Educação acerca da temática proposta, e com isso alertar a sociedade para a importância e necessidade de políticas educacionais de inclusão e integração, bem como fomentar novas reflexões sobre questões ainda não discutidas ou esclarecidas a respeito do tema. A metodologia utilizada centra-se no método qualitativo de pesquisa, sendo realizadas entrevistas em profundidade com educadores e coordenação pedagógica de escolas de ensino fundamental/médio da Rede Cenecista de Ensino. Os resultados demonstram que, apesar de os profissionais da área de Educação serem favoráveis à criação de políticas e/ou programas e projetos voltados para inclusão e integração social de crianças e adolescentes trans no ambiente escolar, eles ainda não estão preparados para lidar com o assunto. Além disso, ainda há grande resistência da sociedade, que trata o tema como um tabu. Verificou-se que, sob a ótica dos educadores, para que ocorra a melhoria das condições de vida e do atendimento aos funcionamentos básicos desses indivíduos de forma a garantir-lhes uma vida digna como a qualquer outro cidadão, são necessárias iniciativas públicas por meio de políticas públicas de Educação e Saúde , bem como iniciativas privadas por meio de projetos voltados para a sociedade geral e melhorias na formação dos profissionais da Educação