A universidade nas representações sociais de estudantes do ensino médio da cidade do Rio de Janeiro: diferenças estruturais, de implicação pessoal e de capitais
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15040 |
Resumo: | O acesso ao ensino superior no Brasil faz parte de uma problemática ampla que se refere à inserção do jovem que conclui o ensino básico, as possibilidades de conquistas para seu futuro e os limites colocados a partir do seu lugar social. Nessa ordem de ideias, a presente tese investigou as representações sociais de estudantes do ensino médio de escolas pública e privada da cidade do Rio de Janeiro sobre a universidade por meio de três estudos, apoiados na abordagem estrutural das representações sociais e na teoria do campo de Pierre Bourdieu. O Estudo 1 teve como objetivo identificar a possível estrutura das representações sociais acerca da universidade entre estudantes de 3º ano do ensino médio, participando da pesquisa 160 estudantes, de ambos os sexos, sendo 80 de escola particular e 80 de escola pública. Os participantes realizaram uma tarefa de evocação livre para o termo indutor universidade e responderam a uma escala de implicação pessoal em suas três dimensões: proximidade, valorização e possibilidade percebida de ação em relação ao objeto. Uma vez processados os dados pelo software IRAMUTEQ, a análise prototípica evidenciou que os cognemas futuroeestudoapareceram como prováveis elementos centrais partilhados pelos subgrupos. Na análise da escala de implicação pessoal, com o teste t-Student, foi encontrada uma diferença significativa em relação à valorização do objeto na comparação dos subgrupos. No Estudo 2foram aplicados três testes de centralidade, a saber, Esquemas Cognitivos de Base (SCB), Mise en Cause (MEC) e Choix par bloc (CPB), visando a um apuro quanto ao status central ou periférico dos elementos representacionais identificados no Estudo 1. Esta etapa teve a participação de 234 estudantes de 3º ano do ensino médio, sendo 117 da escola particular e 117 da escola pública. Para o subgrupo de escola particular, a centralidade dos cognemas responsabilidade e estudo foi confirmada no SCB e MEC; para o subgrupo da escola pública, a centralidade de estudoconfirmou-se no SCB e MEC; e o cognema dedicaçãofoi considerado central pelos testes MEC e CPB.O Estudo 3, por sua vez, envolveu um questionário para o levantamento de indicadores de capital cultural, econômico e social, e de expectativas para o futuro com os 160 participantes do Estudo 1. As questões abertas passaram por uma análise de conteúdo e as questões objetivas por uma dicotomização para compor o perfil dos participantes conforme o volume de capitais, levando a uma nova análise da escala de implicação pessoal. Os resultados mostraram diferenças no pensamento social dos estudantes sobre suas expectativas de futuro e, na comparação da escala entre os participantes por perfil de capitais (elevado e baixo), observou-se diferença significativa entre os estudantes com elevado capital culturalno que diz respeito à valorização do objeto, assim como de elevado capital econômico. O capital social gerou diferença de proximidade com a universidade. Os resultados apontam que o fator de implicação pessoal pode explicar diferenças entre as representações sociais de grupos distintos pelas diferenças nos níveis de implicação de seus membros |