Do diário de uma parteira ao diário de uma professora das infâncias: memórias, histórias e formação docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Andrade, Eliete Marcelino Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22975
Resumo: Uma menina recebeu um caderninho da sua mãe. Era um diário: “o diário da parteira dona Sebastiana”, estava escrito dessa forma na parte interior da capa do mesmo. A menina guardou-o com todo cuidado e o esqueceu. Um dia, reencontrou o caderninho e perguntou-se: como/quem/de que forma havia sido escrito? Agora, já não é mais uma menina, mas sim uma mulher-negra-mãe-professora-pesquisadora-narradora-autora e, especialmente, neta. É a autora da presente dissertação, disposta a escrever - ou continuar escrevendo - sobre os entrelaçamentos entre a história de vida da sua avó parteira e a sua, como professora das infâncias. Para tanto, o trabalho toma a abordagem teoricometodológica da pesquisaformação narrativa (auto)biográfica como guia da caminhada, tematizando as seguintes questões de estudo: de que maneira os movimentos heteroautoecoformativos mobilizaram/mobilizam a história de vida da parteira e da professora das infâncias? O que ensina a história de vida de uma mulher-negra-analfabeta-parteira-contadora de histórias sobre os processos formativos e desigualdades sociais? Quais os desdobramentos da presença (formadora) da Dindinha na vida-formação da neta-mulher-mãe-professora-narradora-autora? As fontes narrativas trabalhadas foram: o Diário da parteira; transcrições de entrevistas-conversas com familiares, vizinhos e outros; documentos recolhidos sobre a história da Dindinha; fotos do seu próprio acervo particular; bem como narrativas da autora e materiais do seu trabalho como professora das infâncias. Para fechar, foram reuni- das algumas das lições aprendidas com a Dindinha a partir das memórias compartilhadas por cada entrevistado. Como a importância de manter a fé e a alegria de viver, do estudo no que tange à escrita e à leitura, o senso de comum-unidade, estando sempre pronta a ajudar quem precisa, dentre tantas outras lições de vida.