O fascínio da imagem: o olhar e as redes sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mattos, Alice Vargas Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19844
Resumo: A presente dissertação pretende explorar a dimensão do fascínio da imagem nas redes sociais e propor um questionamento a respeito do olhar e da performance do eu em cena, considerando as redes sociais em um contexto marcado pelo neoliberalismo. Nesse viés, uma das questões postas diz respeito à indagação sobre o que a rede social convoca no sujeito? Assim, a rede social Instagram figura como palco para essa pesquisa enquanto emblemática de um modelo de negócio que fomenta o Discurso Capitalista e como registro contemporâneo da imagem, seu fluxo e imperativo de exposição, o que a transforma em um dispositivo estratégico. Essa plataforma algorítmica se configura como um “lugar de olhar” para o fenômeno das imagens de si e da performatividade do eu, tendo o capitalismo a seu serviço e, também, como pano de fundo. Primeiramente, busca-se contextualizar a temática da pulsão e do olhar, assim como ilustra-se a partir de fragmentos de casos de Freud acerca do fascínio nisso implicado. Em seguida, elabora-se a respeito dos temas corpo e dimensão imaginária na constituição do eu para, só então, avançar na discussão sobre o funcionamento das plataformas digitais e sua relação com a lógica algorítmica, que busca precisar o que seria o desejo do consumidor, em uma operação que sempre deixa um resto. Também pretende-se examinar como o capitalismo se serve dos componentes pulsionais para fins mercadológicos. Por fim, compreendendo a visibilidade como estrutural e estruturante, examina-se o alargamento do âmbito tecnológico e midiático, cuja marca do imperativo da visibilidade é cada vez mais ampliada e explorada. O fascínio evidenciado pelo ávido dispêndio de atenção frente às telas dos smartphones e das postagens que se desenrolam no fluxo imagético das plataformas digitais foram desmembrados e, a partir disso, impasses foram problematizados de modo a considerar os registros lacanianos: com o imaginário, interroga-se a respeito do eu e da imagem; com o real, a pulsão e o âmbito do olhar; e, por fim, com o simbólico, a matematização envolvida na algoritmização das plataformas.