Acordo de leniência: fundamentos do instituto e os problemas de seu transplante ao ordenamento jurídico brasileiro
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9510 |
Resumo: | Os acordos de leniência, no direito comparado, são concebidos como uma ferramenta estatal antitruste que se perfaz com a colaboração de um dos membros do cartel. Tal como no dilema do prisioneiro , para a efetividade desses acordos, o particular deve entender que a colaboração com o Estado é a sua alternativa mais racional, comparativamente ao silêncio ou à continuidade delitiva. Portanto, a eficácia dos acordos de leniência depende da criação de um ambiente jurídico e institucional que promova os incentivos adequados aos potenciais colaboradores. A experiência brasileira, a seu turno, distancia-se, em parte, das considerações acima, por duas razões. Primeiramente, a aplicabilidade dos programas de leniência, no Brasil, vai além da seara antitruste. Em segundo lugar, e principalmente, esses programas, no ordenamento nacional, coexistem com uma multiplicidade de normas e instituições incidentes sobre os mesmos bens jurídicos. Mais dificilmente, diante dessa sobreposição normativa e institucional, o potencial colaborador conseguirá aferir os reais custos e benefícios de cooperar com o Estado. O cerne da presente pesquisa é verificar se transposição dos acordos de leniência para o ordenamento jurídico brasileiro guarda correspondência com a teoria econômica que subjaz a tal instituto. Para tal, num primeiro momento, serão estudados o histórico, objetivos e fundamentos dos programas de leniência, à luz da teoria econômica que os orienta. Após, serão apresentados os programas de leniência delineados pelo Legislador nacional, cotejando-os com as conclusões apresentadas na primeira parte. Buscar-se-á também indicar as formas como a multiplicidade de normas e entes estatais competentes para a persecução dos ilícitos contemplados pelos acordos de leniência podem ser um empecilho à aplicação ótima do instrumento. Por fim, serão feitas algumas propostas sobre como o sistema de leniência nacional poderia ser fortalecido, para, então, tecerem-se alguns comentários conclusivos. |