Escrevendo a história por linhas marcadas pelo "desvio": As adolescentes no Centro de Socioeducação Professor Antonio Carlos Gomes da Costa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Farias, Monique Lima Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10069
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo investigar quem são as adolescentes que cometem atos infracionais, qual sua história de vida e quais são os seus planos para o futuro. O trabalho se estrutura em quatro importantes pilares: no primeiro capítulo analisa-se o que é ser adolescente/jovem à luz dos acontecimentos históricos", a fundamentação teórica será pautada em Cassab (2001) e Feixa (1998) que apresentam a história do ser jovem, e em Mannhein (1968), que defende a juventude como potência transformadora da sociedade. Em seguida, discute-se "o que é ser adolescente/jovem vivendo em um país desigual". No terceiro capítulo será apresentada a discussão sobre "o que é ser adolescente/jovem vivendo em uma sociedade que criminaliza os pobres", questiona-se o quanto a invisibilidade tenta apagar a existência de uma parcela da população, e o quanto é complexo o movimento de inclusão. Por fim, para compreender o que é ser adolescente/jovem à luz das próprias meninas , será apresentada a pesquisa de cunho qualitativo, do tipo "Histórias de Vida", realizada no Educandário Santos Dumont (ESD), atualmente chamado Centro de Socioeducação Professor Antonio Carlos Gomes da Costa , que atende adolescentes infratoras do sexo feminino maiores de 12 anos. Tal discussão permite compreender a forma como, historicamente, foi construída a visão de ser adolescente/jovem e como essa construção tem seus reflexos na atual configuração da adolescência/juventude. Por meio da pesquisa é possível concluir que quanto mais suportes mais são visíveis as projeções dessas meninas para seu o futuro. Quanto mais apoio familiar, quanto mais suportes a adolescente dispõe para se projetar mais altas são as projeções. As instituições (escola. família, enfim) têm um grande papel como suporte, quanto mais a adolescente se reconhece amparada , apoiada , mais facilidade ela demonstra ter para planejar. Assim, é necessário que as políticas públicas ofereçam suportes para essas instituições. Desse modo, espera-se oferecer subsídios para estudos educacionais mais amplos e sistemáticos sobre adolescência e juventude para além da criminalidade .