Fatores associados à gravidez na adolescência extremamente jovem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Morbeck, Jackeliny Calixto de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e da Saúde
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4828
Resumo: A adolescência constitui a transição da infância à vida adulta abrangendo indivíduos na faixa etária entre 10 e 19 anos. Os riscos de gravidez na adolescência são complexos e multifatoriais e estudos mostram que a gravidez na adolescência é mais preocupante quando ocorre na fase extremamente jovem (≤15 anos). Mães com idade inferior a 15 anos experimentam piores resultados obstétricos e maiores taxas de morbidade relacionada com a gravidez do que as mães com idades entre 15 a 19 anos. Na América Latina, há uma tendência crescente de fertilidade observada em menores de 15 anos, no entanto, não existem registros suficientes para inferir a magnitude em todos os países da região. Deste modo, este estudo visa analisar a gravidez no contexto da adolescência extremamente jovem. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, que utilizou informações das declarações de nascidos vivos obtidas do SINASC, de filhos de mães com idade entre 10 e 15 anos, residentes no município de Goiânia, Goiás, no ano de 2015. Do total de nascidos vivos (18.840) de mães residentes no município de Goiânia, em 2015, 12,6% (IC95% 12,1-13,0) eram filhos de mães adolescentes (10-19 anos). Nesta faixa etária, a proporção da gravidez na adolescência extremamente jovem (≤15 anos) foi de 11,9% (IC95% 10,6-13,3). Essas mães tinham idade entre 11 e 15 anos com média de 14,6 (± 0,7) anos. No presente estudo, as regiões de maior ocorrência das gravidezes na adolescência extremamente jovem foram: Noroeste (21,6%), Sudoeste (17,6%) e região Oeste (16,2%) respectivamente. Observou-se, na análise univariada, associação do desfecho com a raça e situação conjugal. Na análise multivariada, a raça (IRR:1,85 IC95%:1,31-2,62) e a situação conjugal (IRR:8,23 IC95% 5,66-11,97) permaneceram associadas à gravidez na adolescência extremamente jovem. O presente estudo identificou que a situação conjugal e a raça das adolescentes menores de quinze anos foram associadas à maternidade precoce. Houve a ocorrência de maiores proporções de nascimento de filhos de adolescentes extremamente jovens em regiões menos favorecidas do município. Os achados deste estudo evidenciam a necessidade de implementação do Programa Saúde nas Escolas com foco na promoção da saúde dos escolares com atividades de capacitação de profissionais da área da saúde e educação para minimizar as diversas vulnerabilidades a que estão expostos, especialmente a gravidez da adolescência