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O uso de psicotrópicos na atenção básica: uma revisão da literatura brasileira dos últimos dez anos (2007-2017)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Azevedo, Fernanda Castro Lopes Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22449
Resumo: Em sociedades com grande injustiça social, pessoas em situação de vulnerabilidade sofrem diante da falta de direitos humanos básicos como moradia, saúde, alimentação, educação e segurança. O sofrimento social vivido por essas populações aparece nas consultas médicas na forma de tristeza, angústia e outros sentimentos que acabam sendo identificados dentro do espectro da depressão e da ansiedade, nos chamados transtornos mentais comuns e são tratados com medicamentos indicados para cada um desses diagnósticos. O sintoma é tratado enquanto o contexto social segue intocado e essas pessoas seguem desassistidas. A partir desta perspectiva, este trabalho revisou a literatura dos últimos dez anos sobre o uso de psicotrópicos na população em geral, em uma avaliação qualitativa. Nos resultados, observou-se aspectos que vão ao encontro da literatura internacional, como a prevalência do uso de psicotrópicos entre mulheres, idosos e pessoas desempregadas, aposentadas ou com atividades domésticas. Observou-se, ainda, características locais como a predominância dos estudos qualitativos em cidades de pequeno e médio porte e concentrados em determinadas localidades do país, e os paradoxos da nossa realidade, onde o discuso do excesso de prescrição se choca com o discurso da falta de tratamento e a relação de obtenção e consumo de medicamentos, que varia de acordo com características locais de dispensação e capacidade de compra. As relações entre prescritor, profissional de saúde, paciente e os medicamentos é discutido em poucos trabalhos e apenas um deles entende o medicamento como um mecanismo de manutenção da desassistência. O tema do excesso de prescrição aparece com certa frequência, mas chama a atenção o solo frágil onde esta ideia se coloca, e os aspectos sociais que suscitaram esta pesquisa em um primeiro momento são abordados na nossa literatura muito amiúde e de forma superficial, chamando a atenção para a necessidade de maior estudo e aprofundamento nas questões sociais que tangem a saúde mental das populações pobres.