Uso de psicotrópicos na atenção primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alfena, Márcia Dias
Orientador(a): Amarante, Paulo Duarte de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13475
Resumo: Esta pesquisa aborda as práticas adotadas na prescrição de psicotrópicos pelos médicos de família e as suas dificuldades na construção do diagnóstico em saúde mental na Atenção Primária. Os médicos de família passaram a assumir um papel importante na saúde mental, após a inserção dos psicotrópicos em 2011 na Atenção Primária no Município do Rio de Janeiro, pois começaram a acompanhar estes usuários e a ter que decidir o que fazer e como fazer com essa demanda. Realizou-se um estudo qualitativo, onde foi utilizado a técnica do grupo focal. A análise dos dados foi realizada através da análise do discurso, tecendo-se uma relação com as referências da literatura. O grupo focal contou com a presença de oito médicos de família, residentes da Residência de Medicina e Família e Comunidade do Município do Rio de Janeiro. Observou-se que os médicos de família, com as suas competências: abordagem comunitária e individual; utilização de técnicas de redução de danos; método clínico centrado na pessoa; cuidado integral; apresentam dificuldades na elaboração de um diagnóstico, prescrição de psicotrópicos e acompanhamento dos usuários em saúde mental. As questões em saúde mental são subjetivas e dependem muito de um olhar diferenciado; de uma escuta qualificada; de um vínculo usuário/médico; da abordagem ao usuário, para se diagnosticar e tratar adequadamente, seja com terapias alternativas e ou medicamentos. São questões que necessitam às vezes de uma avaliação multidisciplinar, com ajuda de psicólogos e ou de psiquiatras, sendo assim importante se ter um apoio matricial realmente eficaz.