Exercícios de alongamento e respostas cardiovasculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rubini, Ercole da Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8232
Resumo: Esta tese, composta por três estudos, teve por objetivos (1) verificar o efeito agudo de exercícios de alongamento sobre a pressão arterial de sujeitos saudáveis e discutir os possíveis mecanismos fisiológicos subjacentes a estas respostas; (2) o efeito do alongamento muscular sobre a variabilidade de frequência cardíaca (VFC), bem como discutir os possíveis mecanismos envolvidos nessas respostas; (3) verificar o efeito do nível de flexibilidade e do volume de exercícios de alongamento sobre a VFC. No primeiro estudo foram metanalisados 254 e 86 participantes saudáveis que executaram alongamentos de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) e estático, respectivamente. No segundo estudo foi feita uma revisão sistemática de 231 estudos, dos quais foram selecionados 4 estudos. No terceiro estudo foi feito um experimento comparando quatro grupos: pouca flexibilidade e baixo volume de alongamento (n = 12), pouca flexibilidade e alto volume de alongamento (n = 13), muita flexibilidade e baixo volume de alongamento (n = 12) e muita flexibilidade e alto volume de alongamento (n = 13). Os resultados obtidos na metanálise mostraram que a execução dos alongamentos FNP aumentaram a pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) com diferenças de média e intervalo de confiança de 12,26 (9,48-15,04) e 6,67 (-1,90-15,23) e P < 0,00001 e P < 0,00001 respectivamente e o alongamento estático não foi capaz de produzir aumentos significativos de PAS e PAD, com diferenças de média e intervalo de confiança de 7,62 (5,74-9,50) e 0,62 (-0,52-1,77) e P= 0,13 e P = 0,28 respectivamente. Na revisão sistemática os resultados existentes sobre exercícios de alongamento e VFC são poucos e contraditórios, apontando para uma hipótese do nível de flexibilidade e volume de exercícios de alongamento poderem causar diferenças na VFC. No estudo experimental, os resultados mostraram que independentemente do nível de flexibilidade, realizar uma sessão de alongamentos musculares com baixo ou alto volume já é capaz de produzir efeitos significativos na VFC. Sendo assim, concluiu-se que a execução de alongamentos FNP causa o aumento significativo da PAS e da PAD e o alongamento estático não gera aumentos significativos na PAS e na PAD, que apesar dos poucos e contraditórios estudos existentes baseado nos estudos da revisão, parece que o nível de flexibilidade dos indivíduos e o volume do estímulo podem influenciar diretamente na VFC e após a realização do estudo experimental, que os exercícios de alongamento estático passivo são capazes de modificar significativamente a VFC. Sendo que, o nível de flexibilidade e o volume de exercícios não são capazes de influenciar nessas respostas