Análise morfoanatômica das palmeiras-imperiais na Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22485 |
Resumo: | Arecaceae é a maior família de monocotiledôneas lenhosas, apresenta distribuição pantropical, e compreende o gênero Roystonea O. F. Cook, comumente utilizado para fins paisagísticos. A espécie desse gênero Roystonea oleracea (Jacq.) O. F. Cook, nativa da região caribenha e do norte da América do Sul, é popularmente conhecida no Brasil como palmeira-imperial devido à associação com a monarquia nos períodos colonial e imperial. Simbolizando poder, a palmeira-imperial foi introduzida nas mais diversas partes do Brasil, a exemplo das fazendas na Ilha Grande, município de Angra dos Reis - RJ, no século XIX. A espécie tem sido categorizada como espécie exótica invasora em diferentes regiões e, mais recentemente, para a Ilha Grande. Esse registro se faz preocupante devido à introdução de espécies invasoras ser a segunda maior causa de extinção de espécies nativas em ambientes insulares, o que pode comprometer a biodiversidade do remanescente da Mata Atlântica da Ilha Grande. Entretanto, apesar da confirmação da invasão por R. oleracea, outras três espécies desse gênero compartilham de extrema semelhança morfológica e foram introduzidas no Brasil, de forma equivocada, com o nome popular de palmeira-imperial. Essa circunstância dificulta a separação e identificação assertiva e a categorização do impacto ambiental de espécies de Roystonea baseadas em caracteres morfológicos externos, especialmente quando as estruturas reprodutivas estão ausentes. A correta identificação taxonômica das palmeiras-imperiais da Ilha Grande é fundamental para confirmar a ocorrência de R. oleracea e/ou de outras espécies, avaliar qual(is) espécie(s) tem características de ser invasora e como manejá-las adequadamente neste ambiente. A partir disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da zona subcortical do estipe para a correta identificação taxonômica de Roystonea oleracea que ocorre na Ilha Grande, a fim de confirmar a ocorrência das espécies do gênero Roystonea na região e para melhor subsidiar as futuras tomadas de decisões sobre o manejo das palmeiras-imperiais neste ambiente insular. Os dados morfológicos foram observados em campo e classificados de acordo com a literatura disponível para o gênero Roystonea, para a análise anatômica, as amostras foram obtidas por método não destrutivo, e seguiram protocolo de processamento laboratorial extensivo, desenvolvido especialmente para plantas cujos órgãos apresentam composição celular heterogênea. A análise morfológica externa das palmeiras-imperiais da Ilha Grande e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Palma Mater e Palma Filia) demonstrou diferenças no perfil de copa e coloração da antera. A análise anatômica também revelou distinção entre os indivíduos e permitiu identificar três grupos de palmeiras, com base no diâmetro tangencial e espessura da parede do elemento de vaso; número de elementos de vaso de metaxilema por feixe vascular; comprimento e diâmetro da fibra; e altura e largura da bainha de fibras. A análise combinada das características morfológicas externas dos caules, copas e flores e das características anatômicas da zona subcortical dos estipes demonstrou a existência de três espécies distintas de palmeiras-imperiais na Ilha Grande: Roystonea oleracea, Roystonea borinquena O. F. Cook e Roystonea regia (Kunth) O.F. Cook. |