Propriedades físico-mecânicas, químicas e biológicas de cimentos de ionômeros de vidro reforçados com grafeno
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22346 |
Resumo: | O objetivo desse trabalho foi avaliar propriedades físico-mecânicas, químicas e biológicas de cimentos de ionômeros de vidro autopolimerizáveis (CIV) reforçados com grafeno. Foram incorporadas diferentes proporções de pó de grafeno (0,5%, 1%, 2% e 5%) a dois cimentos de ionômero de vidro autopolimerizáveis (GKetac - Ketac, 3M e GFuji - Fuji IX, GC) e confeccionados discos de 1,5mm (altura) x 8mm (diâmetro). Os discos foram caracterizadas por meio da perfilometria 3D de não contato, obtendo-se a média de três medidas de rugosidade linear (Ra) e rugosidade volumétrica (Sa). A atividade antimicrobiana foi avaliada pelo teste de halo de inibição (n=4) em meio BHI, utilizando o inóculo de 100μL (1 x 108 UFC/mL) de Streptococcus mutans (ATCC 25175). Os CIVs foram depositados em poços de 4 mm (altura) x 3mm (diâmetro), sendo o controle positivo a clorexidina a 0,2%. Avaliou-se a radiopacidade (n=6), utilizando-se o programa CorelDRAW Graphics Suite 2017® para estimar a intensidade de cinza (IC) nas radiografias dos discos. Para análise da liberação de flúor, os discos (n=5) foram imersos em 10mL de água deionizada por 24 horas, 7, 14, 21 e 28 dias a 37°C, com troca da solução. A leitura de flúor de 1 mL da amostra foi realizada com eletrodo íon seletivo (Orion, Brasil). Para os testes de solubilidade e sorção de água, os discos (n=4) foram pesados após a manipulação e em seguida submersos em 10 ml de água destilada, mantendo-se o conjunto a 37°C e em ~pH=7,0. Subsequentemente foram armazenados a 37°C por 24h em um dessecador e devolvidos novamente para um frasco contendo 10 mL de água destilada (37°C e ~pH=7,0). Esse procedimento foi realizado após 24h e repetido após 7, 14 e 21 dias. A microdureza Vikers (50g/10s) foi avaliada em 3 pontos 100µm equidistantes na superfície dos discos (n=6). Os dados foram analisados descritiva e estatisticamente (Testes de Shapiro-Wilk, Kruskal-Wallis, Mann-Whitney, ANOVA com o post hoc de Tukey – p<0,05 e Wilcoxon). Foi observado que GKetac a 0,5% e GFuji a 1% apresentaram menores valores de Ra (1,66 e 1,71) e Sa (1,84 e 1,90), respectivamente. Os grupos controles de ambos CIV apresentaram maiores Ra (4,09 e 2,84) e Sa (5,65 e 5,13). Não houve formação de halo nos diferentes grupos. A incorporação de grafeno reduziu a radiopacidade do GKetac e GFuji, com maior diferença entre os índices de cinza (IC) entre GFuji 0% (IC = 64,25) e para 5% (IC = 47,75) (p= 0,002). Houve redução na taxa solubilidade do GKetac e GFuji com incorporação de grafeno após 21 dias, sendo a relação inversamente proporcional à concentração de grafeno no GFuji. Para sorção de água, o GKetac não apresentou alterações com o tempo, nem com as concentrações de grafeno, enquanto GFuji apresentou redução da sorção tempo e concentração dependentes. Houve tendência de liberação de flúor dependente da concentração de grafeno em GKetac, enquanto no GFuji, houve maior liberação de flúor quando comparadas apenas as concentrações mais baixas e mais alta de grafeno. A incorporação de grafeno aumentou a microdureza do GKetac a 0,5% e 1% e reduziu a do GFuji em todas as concentrações. O grafeno melhorou a dureza do GKetac a 0,5 e 1%, sem alterar as demais propriedades avaliadas; e reduziu a radiopacidade, solubilidade e sorção de água do GFuji. |