Estudo comparativo de Úrsula, de Maria Firmina dos Reis e Água de barrela, de Eliana Alves Cruz: a ficção brasileira narrada por mulheres negras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bastos, Adriana Mota
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19616
Resumo: Essa dissertação tem por objetivo analisar comparativamente os dois romances principais, sendo Úrsula, de 1859, escrito pela poeta e professora negra, Maria Firmina dos Reis e Água de barrela, de 2016, escrito da jornalista negra Eliana Alves Cruz apresentar a relação de causas e consequências analisadas para melhor embasar as conclusões dessa pesquisa. Essas escritoras buscaram na ancestralidade a criação de narrativas que absorvessem parte da história do Brasil, anteriormente segregada. Desse modo, está proposto dar relevância à presença de mulheres negras no campo literário brasileiro e as criações de personagens femininas negras. Essa pesquisa relaciona tempo histórico e cultural, quando acontecimentos marcantes se relacionam com manifestações de cunho artístico, propondo maior concretude sobre a literatura contemporânea escrita por mulheres negras: refletir sobre a presença do pensamento patriarcal na literatura, debater o preconceito racial oriundo da sociedade hegemônica brasileira. As fontes teóricas para essa dissertação foram Crítica da razão negra, (2019) de Achille Mbembe; Negritude: usos e sentidos, (2020), de Kabengele Munanga e Diáspora Negra no Brasil, (2019) de Linda Heywood, cujas obras apresentam afirmações acerca da identidade negra afrodiaspórica e afro-brasileira. Como fundamentação literária estão presentes estudos de Alfredo Bosi, História Concisa da Literatura Brasileira, (2014), Eduardo de Assis Duarte, Literatura Afro-brasileira: 100 autores do séc. XVIII ao XXI (2014), Afrânio Coutinho, A Literatura no Brasil (2016), entre outros. Assim, notou-se o crescente posicionamento de mulheres à frente de publicações brasileiras que tratassem da condição das mulheres e suas condições de trabalho e vida em sociedade, seus direitos e reconhecimento enquanto produtoras de conhecimento a partir de suas personagens mulheres. Consequentemente, fica notório à importância de estudar e salientar essa produção literária feita por mulheres negras criada como forma de ressignificar sua presença e importância.