Correlação entre os testes convencionais da coagulação e tromboelastometria na avaliação da hemostasia na cirrose avançada em pacientes ambulatoriais
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23710 |
Resumo: | A tromboelastometria (ROTEM) permite avaliação pormenorizada da hemostasia, à luz do conceito celular da coagulação, aproximando seu resultado das alterações que ocorrem in vivo. O objetivo desse estudo foi analisar a correlação entre os testes convencionais da coagulação (INR, PTTa, plaquetas e fibrinogênio) e tromboelastometria. Foram avaliados cirróticos ambulatoriais, Child-Pugh B e C, através da realização de tromboelastometria e testes convencionais da coagulação (TCCs) no mesmo momento. Os parâmetros avaliados na tromboelastometria foram: clotting time (CT); amplitude 10 minute after CT (A10), clot formation time (CFT) Maximum clot firmness (MCF), sendo todos realizados nas fases INTEM, EXTEM e FIBTEM. Foram estudados 62 pacientes, com média de idade de 60 (±10) anos; sendo 36 (58%) homens, 49 (79%) Child-pugh B a mediana do MELD foi de 14 ± 3. Não houve correlação estatística entre CT do EXTEM e INR. A dosagem de fibrinogênio sérico apresentou correlação com os seguintes parâmetros da tromboelastometria: A10 do INTEM (r = 0,344; p = 0,01), CFT (r = - 0,277; p<0,043) e MCF do INTEM (r = 0,304; p = 0,024). O parâmetro convencional que melhor se associou com a tromboelastometria foi a contagem de plaquetas: A10 do INTEM (r = 0,799; p < 0,001); A10 do EXTEM (r = 0,746; p < 0,001); CFT do INTEM (r = -0,838; p < 0,001), CFT do EXTEM (r = -0,774; p < 0,001), MCF do INTEM (r = 0,740; p < 0,001) e MCF do EXTEM (r = 0,725 p < 0,001). O ponto de corte das plaquetas para identificação de deficiência de plaqueta na tromboelastometria foi 87.000 células/mm3, com área sob a curva de 0,88 (p < 0,001). Os testes convencionais da coagulação, sobretudo aqueles que avaliam especificamente os fatores da coagulação não apresentam boa correlação com a coagulação avaliada pela tromboelastometria. Entretanto, dentre os testes convencionais da coagulação, a contagem de plaqueta apresentou boa correlação com a tromboelastometria. Esses dados devem ser considerados na avaliação da coagulação em pacientes com cirrose avançada, ambulatoriais em que, na ausência de exames globais, tal como a tromboelastometria, e em vigência de sangramento necessitem guiar sua terapêutica transfusional. |