Efeito agudo do exercício aeróbio, de força e concorrente sobre a pressão arterial, o controle autonômico cardíaco e a função endotelial de pré-hipertensos com sobrepeso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Itaborahy, Alex da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8617
Resumo: A pré-hipertensão é um fator de risco independente para a aterosclerose e doenças cardiovasculares, podendo provocar alterações na morfologia da onda de pulso refletida e causar prejuízo na função vascular. O impacto agudo dos tipos de exercício (aeróbio, de força ou concorrente) sobre a reflexão da onda de pulso e a função endotelial carece de maiores evidências científicas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito agudo do exercício aeróbio, de força e concorrente sobre a função endotelial microvascular, a pressão arterial, a reflexão da onda de pulso e a modulação autonômica cardíaca de pacientes pré-hipertensos, com sobrepeso. Quinze homens pré-hipertensos, com sobrepeso e sedentários foram selecionados para um ensaio clínico não randomizado para participarem de três sessões de exercício, sendo uma de exercício aeróbio, uma de força e outra de exercício concorrente. A pressão arterial, o índice de hiperemia reativa, a variabilidade da frequência cardíaca e as pressões aórticas foram avaliadas antes e após as sessões de exercício. Em comparação aos dados pré-exercício, os resultados mostraram que o exercício aeróbio e concorrente reduziram a pressão arterial sistólica (-4.3 ±2.0 mmHg e -6.0 ±1.5 mmHg respectivamente, p<0.050) durante 25 e 30 minutos do período de recuperação, respectivamente. Uma redução da atividade vagal foi verificada principalmente após o exercício de força verificada através do aumento do balanço simpatovagal (+1.2±0.6, p<0.050). A resistência vascular periférica permaneceu significativamente reduzida (-0.07±0.1mmHg.min/L, p<0.001) e o débito cardíaco estatisticamente elevado (+0.8±0.3L/min, p<0.01) somente após o exercício de força. Parâmetros de reflexão da onda de pulso diminuíram após os exercício aeróbio e concorrente (±AIx=-5.1±1.7%, p=0.030; e -7.6±2.4%, p=0.002, respectivamente). Não houve alteração significativa no índice de hiperemia reativa após as sessões de exercício (F=0.68, p=0.51). Apesar disso, após o exercício concorrente, o RHI apresentou correlação com a resistência vascular sistêmica (r = -0.53, p = 0.043) e com a frequência cardíaca (r = 0.68, p = 0.005), enquanto as alterações no índice de incremento (AIx e AIx@75) estiveram associadas com uma predominância da atividade simpática (r = -0.71, p = 0.015; e r = -0.70, p = 0.016, respectivamente). Em conclusão, o exercício aeróbio e o concorrente demonstraram ser eficientes para reduzir agudamente a pressão arterial e parâmetros de reflexão de onda de pulso em pré-hipertensos. A supressão vagal transitória mais pronunciada após o exercício de força parece ser atenuada com a aplicação do exercício aeróbio na sequência, numa sessão concorrente. Em pré-hipertensos, após uma sessão de exercício concorrente, a possibilidade de melhora da função endotelial microvascular parece estar associada à redução da resistência vascular periférica e ao nível do esforço realizado, possivelmente espelhando o estresse de cisalhamento da sessão. Igualmente, os resultados sugerem que a redução dos parâmetros da onda de pulso também esteja associada ao nível do esforço cardíaco experimentado na sessão concorrente.