Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Sara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-02072024-164452/
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Resumo: |
Indivíduos com pressão arterial sistólica (PAS) entre 121-129 e / ou PA diastólica (PAD) entre 81-84 mmHg e PAS 130-139 / PAD 85-89 mmHg, classificados respectivamente como PA normal e pré-hipertensão, podem apresentar dano vascular precoce caracterizado por diminuição da distensibilidade arterial, avaliada por métodos como medidas da velocidade de onda de pulso (VOP) e do augmentation index (AIx). O exercício físico contínuo de moderada intensidade (EFCMI) é recomendado para auxiliar na redução da PA, e alternativamente, o exercício físico intervalado de alta intensidade (EFIAI) pode oferecer resultados superiores. Para testar as potenciais diferenças entre o efeito de uma sessão de EFIAI e de EFCMI sobre a função arterial de indivíduos com PA normal ou pré-hipertensão, comparamos as respostas da VOP (Complior® e Arteriograph®), do AIx (SphygmoCor® e Arteriograph® (imediatamente e 24 horas após uma sessão de EFCMI e de EFIAI), do comportamento da PA na monitorização ambulatorial da PA de 24 horas (MAPA) nesses indivíduos, que foram randomizados para a sequência das sessões de exercício de maneira cross-over. Inicialmente as respostas aos exercícios foram comparadas em toda amostra (denominada PA_alterada). Posteriormente, os dados foram comparados considerando os subgrupos Pré-Hip e PA-Normal). Os indivíduos com PA_alterada (n=29; 76% mulheres; 48±7 anos; PAS=126±9 e PAD= 84±4 mmHg) apresentaram VOP Complior® reduzida após a EFCMI24, comparada ao Basal e ao EFIAI24 (7,42± 0,96 vs 7,85±0,78 e vs 7,67±0,90 m/s, p=0,012). O AIx SphygmoCor® após EFIAI e EFCMI foram menores que o Basal (23,3±10,4 vs 32,2±8,3; 27,8±9,2 vs 32,2±8,3; respectivamente, p<0,01). O AIx SphygmoCor® no EFIAI também foi menor que EFCMI (23,3±10 vs 27,8±9,2; p=0,005) o de EFCMI24 foi maior que EFCMI (31,0±2,5 vs 27,2±2,2; p=0,008), e o do EFIAI24 foi maior que EFIAI (32,2±8,6 vs 23,3±10,4; p=0,000). No entanto, o AIx @75 SphygmoCor® (corrigido para 75 bpm) não apresentou diferença estatística entre os momentos. O AIx Aórtico Arteriograph® no EFIAI foi menor comparado ao Basal (18,5 [8,6-28,4] vs 29,8 [19,9-42,2]; p=0,001), ao EFCMI (vs 26,0[16,6-36,7];p= 0,037) e à EFIAI24 (vs 34,7 [25,2-47,8]; p=0,005), no EFCMI foi menor que Basal (26,0[16,6-36,7] vs 29,8 [19,9-42,2]; p=0,007). Parte 2: Pré-Hip (n=15, 52%) e PA-Normal (n=14, 48%) foram semelhantes em relação à distribuição de sexo, idade e IMC. A PAS e a PAD de consultório, foram maiores no Pré-Hip que no PA-Normal (133±5 vs 119±7;p=0,000 e 86±5 vs 81±1mmHg; p=0,001). A VOP Complior® no EFCMI foi menor que a Basal apenas no grupo Pré-Hip (7,49±0,95 vs 8,20± 0,64; p=0,011). Devido à alta prevalência da Hipertensão mascarada nos indivíduos com PA alterada, foram adicionadas análises similares as anteriores considerando a presença/ ausência da hipertensão mascarada. Parte 3: HipMasc (n=16, 55%) e Normo (n=13, 45%) foram semelhantes em relação à distribuição de sexo, idade, IMC e fatores de risco, e a PAS de consultório foi maior no HipMasc que Normo (131±6 vs 121±10; p=0,002). Como esperado, valores de PA da MAPA do grupo HipMasc foram maiores que no Normo. A VOP Complior® no EFCMI foi menor que a Basal em ambos os grupos (7,56±1,16 vs 7,92±0,86 HipMasc e 7,26±0,70 vs 7,77±0,69 Normo; p=0,015). A VOP Arteriograph® foi maior no HipMasc, comparado ao Normo, nos momentos Basal (8,0[7,4-8,9] vs 7,1[6,5-7,9]; p= 0,017), EFCMI24 e EFIAI24. Em conclusão, em indivíduos com pressão normal e pré-hipertensão, a distensibilidade arterial medida pela VOP Complior® é maior 24 horas após o EFCMI, enquanto quando medida pelo AIx SphygmoCor®, é maior após o EFIAI. As particularidades de cada método e de cada intensidade de EF podem esclarecer mecanismos de resposta vascular ao exercício e detectar dano vascular precoce nestes indivíduos |