Quem pode escutar na urgência? A presença de ‘ao menos um’ analista no hospital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lopes, Juliana Landim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise e Políticas Públicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20202
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar as possibilidades e os efeitos da clínica psicanalítica na instituição hospitalar, no âmbito das urgências subjetivas e das demandas que daí advém. O interesse por essa investigação se deu, inicialmente, por meio do trabalho em um setor de emergência de um hospital psiquiátrico, e tomou forma de pesquisa ao ser realizada no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ) no Programa de Urgências Subjetivas. Trata-se de uma pesquisa participante, tendo como instrumento de registro o diário de campo. A pergunta que aqui fazemos se formula em torno de como é possível oferecer uma escuta e uma presença frente às situações de urgência que se orientam pelo discurso da psicanálise, posto que o discurso médico é o discurso dominante no hospital e que o discurso psicanalítico se diferencia radicalmente deste. Isto é, como sustentar no hospital uma prática que se compromete com o sujeito e que se propõe a fazer torção nas queixas e a suportar a angústia de se defrontar com o real nas demandas de atendimento. Com isso, partimos da ideia de que uma urgência só se torna subjetiva por meio da oferta do analista e que, para isso, seria necessário articular o tema da urgência à própria formação do analista, de seu desejo e discurso. Ao longo desta pesquisa, concluímos que há uma dupla face quando intentamos trabalhar com as demandas de urgência no hospital: a urgência do paciente e a urgência da instituição, nas quais ambas exigem um acolhimento da demanda e um tempo de pausa. Exigências essas que o analista se propõe a colocar a trabalho por meio da oferta da palavra e de um tempo para compreender.