Freshwater: uma comédia de Virginia Woolf: uma farsa modernista em tradução
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18160 |
Resumo: | Esta tese apresenta um estudo e uma tradução original das duas versões da farsa modernista Freshwater: a Comedy (1923; 1935) - doravante Freshwater: uma comédia de Virginia Woolf -, único experimento teatral assinado pela escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941), cujo texto ainda não conta com uma tradução brasileira. Seja devido às ressalvas da própria escritora acerca do valor de sua peça ou ao fato de ter sido escrita para entreter amigos em uma noite de festa, Freshwater não figura como objeto de análise crítica na maioria dos estudos dedicados à obra de Woolf. É consenso da crítica especializada que a obra de Woolf coaduna o estético e o político (GOLDMAN, 1998; FROULA, 2005; SELLERS, 2010; PINHO, 2015; OLIVEIRA, 2020) e que seus textos modernistas, assim como brincadeiras e experimentos performáticos, questionam verdades estanques do pensamento ocidental no que tange a questões de gênero, classe e raça. É objetivo deste estudo, então, ler as linguagens experimentais de Bloomsbury (GOLDMAN, 2004; PINHO, 2015) a partir de um olhar contemporâneo (WOOLF, 1925b; AGAMBEN, 2009a) e inserir Freshwater nesses debates, visto que, apesar de estar alinhada com o projeto artístico e político de Woolf, esta farsa ainda ocupa um lugar marginal nos estudos dedicados à vida e obra da autora. Além disso, em consonância com estudos críticos sobre a teatralidade modernista (FARFAN, 2004; KOPPEN, 2009; PUTZEL, 2012), pretendemos explorar a escrita dramática de Woolf, que articula atos performáticos de riso e deboche (BERGSON, 1900; WOOLF, 1905c; PINHO, 2020b) a fim de corrigir e desestabilizar sentidos. Por fim, esta tese, além de contar com uma tradução anotada das duas versões da referida farsa, apresenta também comentários sobre adaptações experimentais realizadas nos EUA, França e Brasil, levando em consideração que Freshwater ganhou mais destaque nos palcos do que em estudos teóricos. |