Interpretação sísmica e geocronológica do magmatismo na porção centro-norte da Bacia do Parnaíba, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Michelon, Diogo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19815
Resumo: Desde a aquisição dos primeiros dados sísmicos na Bacia do Parnaíba ocorridos na década de 1970 até os dias atuais, houve um avanço tecnológico que possibilitou melhorar o imageamento sísmico dos dados de subsuperfície, bem como um avanço no conhecimento geológico da bacia, que resultou em várias descobertas de jazidas de gás. O sistema petrolífero considerado para essas descobertas é definido como atípico, no qual o magmatismo é um ponto crítico para os processos de geração, bem como, é também importante nos processos de migração e preservação dos hidrocarbonetos, sendo nesse caso, elementos do sistema como trapa e selo. A evolução de um evento magmático pode comprometer o sistema petrolífero caso o tempo das intrusões não seja adequado para que as rochas ígneas que formam a trapa e o selo se alojem a tempo da ocorrência da migração dos hidrocarbonetos. Neste trabalho objetivou-se analisar a importância dos dois eventos magmáticos previamente descritos na bacia, de idades triássica-jurássica e cretácea, de forma a compreender qual o papel de ambos na geração e na preservação do sistema petrolífero. Para tanto, foram mapeados milhares de quilômetros de sísmicas, estudados dezenas de poços estratigráficos e a partir destes, obtidos um robusto conjunto de dados geoquímicos das rochas intrusivas, bem como foi realizada datação U-Pb (ICP-MS e TIMS) de alta resolução em parte desses mesmos intervalos analisados anteriormente. A correlação de poços perfurados até sequência de idade devoniana permitiu estimar em ao menos 128.000Km3 o volume do magmatismo presente nesse intervalo, o que eleva em cerca de 20% o maior volume estimado para a bacia em estudos anteriores. As datações geocronológicas indicaram para rochas intrudidas na Formação Poti, 217±6Ma para o poço 1-OGX-114-Ma e 192±4Ma para o poço 1-OGX-22-MA e para rochas intrudidas na Formação Tianguá 201,22±0,11Ma para o poço 1-OGX-22-MA, ou seja, todas relativas ao magmatismo Penatecaua do limite Triássico / Jurássico, não tendo sido observado datações associadas ao evento do Cretáceo. Os dados geoquímicos obtidos em subsuperfície não permitiram separar as formações Mosquito e Sardinha em domínios geográficos como postulado por diversos autores. Por fim, com base nos dados gerados e no mapeamento sísmico, foi proposta uma carta de eventos para os plays já provados na bacia, sendo definido que o ponto crítico que exerce maior influência nas trapas e selo está relacionado ao magmatismo Triássico / Jurássico, conforme as datações obtidas, sendo o magmatismo Cretáceo, possivelmente associado ao tectonismo ocorrido durante a fase de abertura do Atlântico Sul, um possível agente de abertura de trapas já formadas.