Que tiro foi esse? O medo na favela como ele é
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17327 |
Resumo: | Esta pesquisa foi produzida a partir da minha vivência como moradora de favela, buscando desnaturalizar o medo decorrente dos processos de violência a que somos submetidos. Apresenta elementos históricos do surgimento das favelas e do estabelecimento do comércio ilegal de entorpecentes no Rio de Janeiro. Nesse contexto problematiza a produção da insegurança na sociedade, como efeito de estratégias biopolíticas liberais, que se refinam no neoliberalismo. Um percurso que contribui a entender o impacto de tal insegurança na favela. Para tanto, são estudados os processos de normalização e normatização da sociedade, os riscos, a sua gestão e o modo como instrumentalizaram a criação de perfis para facilitar o controle e o disciplinamento de uma determinada população que é criminalizada e definida, assim como ao final do século XIX, como classes perigosas. Em diálogo com Foucault, Deleuze, Mbembe, Nascimento, Batista, entre outros, colocamos em análise, a partir de trechos do diário de campo, de notícias e de uma escrita implicada, os modos de governo dos grupos locais, os modos de governo das forças de segurança pública e sua relação com os grupos locais, que têm produzido medo e provocado o genocídio da população pobre e principalmente preta nas favelas em nome do combate ao tráfico de drogas. |