Prevalência da retinopatia diabética e seus fatores de risco em pacientes com diabetes tipo 1 no Brasil
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12589 |
Resumo: | Este estudo tem como objetivo avaliar a prevalência da retinopatia diabética, seus principais fatores de risco e sua relação com a doença cardiovascular e com fatores inflamatórios, em pacientes com diabetes tipo 1, no Brasil. A tese é baseada no estudo multicêntrico que envolveu 1760 pacientes, submetidos a um questionário padronizado, exames laboratoriais e clínicos, incluindo rastreamento da retinopatia diabética com oftalmoscopia binocular indireta e posterior classificação em retinopatia diabética não proliferativa leve, moderada, severa e retinopatia diabética proliferativa. A retinopatia foi considerada como ameaça `a visão nas formas não proliferativa severa, proliferativa e edema macular, e como referenciável nas formas não proliferativa moderada, severa, proliferativa e presença de edema macular. Os resultados da tese foram apresentados em forma de artigos científicos. O primeiro artigo é uma carta ao editor, ambos publicados, demonstraram uma prevalência da retinopatia diabética em 35%, das formas mais graves da retinopatia, que ameaçam a visão, em 12% e da retinopatia referenciável em 18%. Os principais fatores de risco relacionados com a retinopatia diabética, independente do grupamento pela gravidade, foram: o tempo de duração do diabetes, os níveis de hemoglobina glicada e os níveis séricos elevados de ácido úrico. A hipertensão arterial foi também relacionada `a presença de retinopatia diabética e com a forma referenciável. A doença renal crônica foi associada com as formas mais graves da retinopatia, que ameaçam a visão, e com a forma referenciável. O terceiro artigo publicado demonstrou que a presença da retinopatia diabética pode ser considerada um indicador de risco cardiovascular. O quarto artigo, submetido, revelou uma associação entre os níveis séricos da proteína C reativa com a retinopatia diabética proliferativa, porém não houve relação com os outros fatores inflamatórios pesquisados (interleucina-6, fator de crescimento endotelial vascular e o fator de necrose tumoral-⍺). Concluímos que a prevalência da retinopatia diabética no Brasil se assemelha a prevalência mundial, assim como os principais fatores de risco que foram semelhantes aos já estabelecidos, exceto pelo ácido úrico que provavelmente pelas suas características pró-oxidantes, foi também relacionado a presença da retinopatia diabética. A associação da retinopatia diabética com a doença cardiovascular sugere que os pacientes com diabetes tipo 1 e retinopatia diabética sejam investigados para a doença cardiovascular, podendo a fundoscopia auxiliar na identificação de pacientes sobre risco dessa importante causa de mortalidade principalmente nos pacientes com diabetes. Em relação aos fatores inflamatórios, novos estudos são necessários para avaliar o papel dessas citocinas na fisiopatologia da retinopatia diabética proliferativa. |