Avaliação da prevalência da retinopatia diabética em indivíduos com diabetes tipo 1 nas regiões geográficas do Brasil: estudo multicêntrico nacional
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8828 |
Resumo: | A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira em indivíduos economicamente ativos nos países desenvolvidos. No Brasil, poucos são os dados existentes que dimensionam o quadro atual das complicações microvasculares em pacientes com diabetes nas diferentes regiões brasileiras. Este estudo tem como objetivo avaliar a prevalência da retinopatia diabética em pacientes com diabetes tipo I e seus fatores determinantes nas diferentes regiões geográficas do país. Trata-se de um estudo transversal, multicêntrico, realizado em pacientes com diabetes mellitus tipo I acompanhados regularmente nos ambulatórios de diabetes de 14 centros distribuídos nas 5 regiões do país. Um questionário padronizado foi aplicado em cada paciente, coletado amostras de sangue e o exame de fundo de olho foi realizado e classificado pelos serviços de oftalmologia de cada centro por oftalmoscopia indireta. Um total de 1644 pacientes foram submetidos ao rastreio para presença de retinopatia diabética, com uma média de idade de 30,2 ± 12 anos (56,1% do sexo feminino, 54,4% caucasianos) e com uma duração do diabetes de 15,5 ± 9,3 anos. A prevalência da retinopatia diabética foi de 242 (36,1%) no Sudeste, 102 (42,9%) no Sul, 183 (29,9%) no Norte e Nordeste e 54 (41,7%) no Centro-Oeste. A prevalência do EMD foi maior na região Centro-Oeste do país [9 (7,1%) vs 17 (2,5%) no Sudeste, 3 (1,3%) no Sul e 10 (1,6%) no Norte e Nordeste, p=0,007]. Regressão multinomial revelou que não houve diferença estatisticamente significativa na prevalência de retinopatia diabética não proliferava entre as regiões brasileiras. Por outro lado, a prevalência da retinopatia diabética proliferativa (2,4, IC95% de 1,1-5,1, p=0,022) e do edema macular diabético (7,4, IC95% de 2,0-27,6, p=0,003) foi maior no Centro-Oeste. Análises em modelo reduzido Stepwise revelou a duração do diabetes, o nível de HbA1c e a hipertensão como as principais variáveis independentes. O presente estudo concluiu que não houve diferença na prevalência da retinopatia diabética não proliferava entre as regiões brasileiras em pacientes com diabetes tipo 1. A região Centro-Oeste apresentou uma maior prevalência de retinopatia diabética proliferava e do edema macular diabético. A duração do diabetes e o controle glicêmico são de importância central para todas as regiões do Brasil. A hipertensão demonstrou ser outro fator de peso, em especial para as regiões do Sul e Sudeste do país. O controle glicêmico e pacientes em vulnerabilidade social e econômica merecem atenção especial no Norte e Nordeste do Brasil. |