A política de educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: novos marcos para antigas práticas de (con)formação da classe trabalhadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vargas, Ana Cristina Lourenço
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14956
Resumo: Diante do processo de mudanças desencadeado pela reestruturação produtiva, no início dos anos 1970, verifica-se uma substantiva diminuição das fronteiras entre a produção e a ciência - consequentemente, há uma significativa alteração na concepção e execução das atividades de trabalho. Este fato cria novas perspectivas e demandas para a educação e para os processos formativos da classe trabalhadora. Sendo assim, a instauração do padrão de acumulação flexível (cf. Harvey, 2002), unindo as inovações provenientes do campo da informática e da microeletrônica, permite ao capital empreender sua ofensiva, a fim de recompor seus níveis de acumulação. Em virtude disso, a educação da classe trabalhadora passa a ser uns dos principais mecanismos para mediar o conflito capital/trabalho e, assim, manter o consenso hegemônico. Neste sentido, nos debruçamos sobre a atual política de Educação Profissional e Tecnológica, especificamente a transformação dos CEFETs em IFs, como expressão da alteração na perspectiva e no direcionamento da educação para a classe trabalhadora. Além disso, este trabalho admitiu como uma de suas hipóteses o fato da educação profissional cumprir duas funções distintas, contudo complementares. A primeira diz respeito à formação do trabalhador coletivo de novo tipo (Souza, 2004, p. 5), para atender as necessidades da produção e mercado flexíveis. E a segunda, contribuir para o estabelecimento do consenso. Como recorte metodológico da pesquisa, em relação à transformação dos CEFETs em IFs, pretendeu-se, inicialmente, investigar com maior profundidade o processo de expansão da educação superior, que se desenvolveu de forma articulada com a atual expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Todavia, dado os limites impostos a este trabalho dissertativo optamos por compreender a reestruturação da Rede de Educação Profissional e Tecnológica brasileira ocorrida a partir da criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, em cumprimento à Lei 11.892/08 e suas repercussões para a formação da classe trabalhadora