Violência armada e educação no Rio de Janeiro: impactos educacionais das Unidades de Polícia Pacificadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Eduardo Ribeiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8313
Resumo: A partir do final de 2008, o governo do estado do Rio de Janeiro iniciou uma série de intervenções no campo da segurança pública, com a implementação das denominadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A política consistiu na ocupação de territórios previamente dominados por grupos criminosos armados, sobretudo do tráfico varejista de drogas, com a posterior instalação de unidades e rotinas locais de policiamento.As UPPs possuem uma proposta de política de segurança alternativa ao tradicional modelo de enfrentamento armado ou de guerra às drogas , e têm como metas explícitas a retomada do controle territorial e a redução dos confrontos armados. Como principais resultados, avaliações exploratórias indicaram a queda na violência letal e da exposição à violência armada, com uma reduçãodos tiroteios e dapresença ostensiva de armas de fogo nos territórios.Com base neste contexto, o presente estudo observou o que ocorre com cotidianos e resultados escolares quando se dá a redução da violência no entorno das escolas, supostamente promovida pela instalação das UPPs. Foram utilizados modelos estatísticos de regressão múltipla para testar o efeito das UPPs sobre diversos indicadores educacionais. Os principais resultados mostraram uma redução moderada nas interrupções das aulas que ocorriam especificamente por conta da violência e reduções também moderadas no abandono e defasagem escola. Por outro lado, as UPPs parecem não ter efeito sobre o número de alunos matriculados ousobre o desempenho médio das escolas mensurado pelo IDEB e pela Prova Brasil. Todavia, novos estudos serão necessários para a avaliação de possíveis efeitos das UPPs de médio ou longo prazo.