Qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem de centro de terapia intensiva adulto em tempos da COVID-19: riscos psicossociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Freitas, Raquel Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19656
Resumo: Estudo que possui como objeto a pandemia da COVID-19 como risco psicossocial a qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem de um centro de terapia intensiva adulto. Objetivos: analisar à qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem de um centro de terapia intensivo adulto mediante o WHOQOL-26; descrever a satisfação dos trabalhadores de enfermagem de centro de terapia intensivo adulto com a sua saúde ao considerar as dimensões envolvidas na qualidade de vida e discutir as dimensões envolvidas na qualidade de vida ao considerar as implicações para à saúde dos trabalhadores de enfermagem de um centro de terapia intensiva adulto no contexto da pandemia da COVID-19. Método: estudo transversal descritivo realizado em um centro de terapia intensiva adulto de um hospital privado situado na região sudeste do Brasil. A amostra do tipo intencional foi composta por 92 profissionais de enfermagem (enfermeiros e técnicos) mediante os seguintes critérios de inclusão: trabalhadores com pelo menos seis meses de atuação na assistência a pacientes com COVID-19. Excluídos os trabalhadores de férias, licença médica e outros tipos de afastamentos. Estudo aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. A coleta de dados foi realizada online através da plataforma Google Forms. Trabalhou-se com quatro instrumentos: a) caracterização do perfil sociodemográfico e ocupacional; b) Condições de saúde e COVID-19; c) Autoavaliação do estresse e COVID-19; d) World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref-26). Na análise dos dados optou-se pela estatística descritiva. Resultados: a amostra foi composta por 92 trabalhadores, do sexo feminino (80,4%), pretas (61,9%), faixa etária de 35 a 44 (50%), casados (76,1%), nível superior (62%) e renda familiar entre 3 e 4 salários mínimos (39,1%). Atuam no setor há mais de 5 anos (54,4%), em regime de turno (91,3%), cumprem carga horária de até 40 horas semanais (81,5%). Consideram a sua QVg boa (47,8%) e encontram-se satisfeitos com a sua saúde (33,7%). Em relação aos domínios da QV observou-se que o mais prejudicado foi o ambiente devido à insatisfação com a renda (84,8%), lazer (81,5%) e ambiente físico (77,8%). No domínio psicológico, verificou-se presença de sentimentos negativos (76%). No domínio físico pouca e media energia para as atividades do dia a dia (79,3%) e insatisfação com o sono (56,5%). O domínio menos prejudicado foi relações sociais, pois em sua maioria mostraram-se satisfeitos. Quanto ao estresse resultante das áreas afetadas pela pandemia, identificou-se estresse e muito estresse em relação ao transporte (71,7%), o acesso aos serviços de saúde (69,6%), a renda familiar e a segurança pública (51%), Conclusão: apesar de uma parcela dos trabalhadores se mostrar satisfeita com a QVg e com a saúde, deve-se considerar na análise os domínios prejudicados durante a pandemia e fatores como ter testado positivo para COVID-19 (72,8%), ter familiar com COVID-19 (94,6%), morte de familiar por COVID-19 (21,7%) e o estresse decorrente das áreas afetadas pela pandemia. Cabem as instituições de saúde e ao Estado investir em condições de trabalho e em qualidade de vida com vistas a promoção da saúde devido às repercussões da pandemia para a qualidade de vida dos trabalhadores.