Espaço(s) na Educação Infantil: entre políticas e práticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Brasil, Maria Ghisleny de Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10409
Resumo: O espaço, quando bem planejado e organizado, constitui-se em um parceiro do educador, sendo um elemento curricular por natureza. Neste entendimento de espaço-ambiente para a educação infantil, esta pesquisa analisa como é ressignificada a política nacional de edificação dos espaços (ProInfância) no cotidiano de uma sala do berçário numa creche municipal. O ProInfância é um programa do Governo Federal criado em 2007, cujo objetivo principal é prestar assistência financeira, em caráter suplementar, ao Distrito Federal e aos municípios para a construção e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas. A parte empírica da pesquisa é apresentada em dois momentos: (1) estudo do espaço no ciclo de políticas e (2) intervenção. No primeiro, analisamos as políticas nacionais voltadas para o espaço da educação Infantil: Parâmetros Básicos de Infraestrutura (2006); Parâmetros de Qualidade (2006); Indicadores de Qualidade (2009); Critérios para o atendimento em Creches que respeite os Direitos Fundamentais das crianças (2009); Diretrizes Curriculares Nacionais (2009); Brinquedos e brincadeiras na creche (2012); o Novo Plano Nacional de Educação (2014); e, o ProInfância (2007). Apoiada no Ciclo de Políticas (BALL, 2011), a pesquisa buscou investigar os embates e as lutas presentes nos contextos de influência e produção de textos, via entrevistas com as Secretárias de Educação e análise dos documentos de cinco municípios do Rio Grande do Norte, escolhidos por afinidade e ligação acadêmica. No segundo, fizemos uma intervenção na única creche construída com tal investimento, em um desses municípios Olho D água do Borges/RN em parceria com duas professoras do berçário, na busca de entender os significados e sentidos produzidos por elas sobre o papel do ambiente em suas ações pedagógicas e as transformações dos arranjos espaciais possibilitadas pela pesquisa-intervenção. A base teórico-metodológica da pesquisa, além do Ciclo de Políticas, apoia-se nas abordagens histórico-cultural de L. S. Vygotsky (2007) e de M. Bakhtin (2011), em especial seus postulados concebidos como essencialmente sociais e discursivos. Para a produção dos dados da intervenção, foram realizados encontros temáticos; observação e registro em diário de bordo; fotografias dos espaços; debates sobre eles e proposições de transformações; poemas dos desejos; confecção de maquetes da sala desejada; introdução de almofadas temáticas e estantes; e, ações em follow up. O estudo constatou que há tensões entre o texto das políticas e suas redefinições no contexto da prática. Os resultados indicam que as intervenções através de ações co-construídas com as profissionais do campo possibilitam ressignificações nos arranjos espaciais, visando à qualidade do trabalho cotidiano com as crianças