"Hospital não, pelo amor!": etnografando processos de desospitalização.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rocha, Luciano Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4360
Resumo: A melhoria da qualidade de vida e das respostas da biomedicina nos fez viver mais tempo que as gerações de nossos avós. O envelhecimento do nosso corpo propicia a instalação de doenças crônicas que geram perdas econômicas mundiais na ordem dos bilhões de dólares assim como o gasto em saúde. Os hospitais e as práticas desenvolvidas nas suas entranhas são de longe a tecnologia mais cara do setor saúde. Umas das respostas sanitárias está baseada nos processos de desospitalização. Objetivo: Responder à pergunta: Como fazer desospitalização em hospital geral? Metodologia: Trata-se de estudo exploratório em documentos públicos (acadêmicos, oficiais e operacionais) utilizando-se a análise documental clássica e em documentos privados (memórias e lembranças do pesquisador) utilizando-se alguns procedimentos da etnografia. Resultados: Através das análises dos documentos acadêmicos descobriu-se que a utilização da desospitalização como forma de racionalização dos recursos do hospital data desde o final da II Guerra Mundial. Dos documentos oficiais compreendeu-se que para o SUS esse processo visa garantir a alta responsável dos pacientes do hospital. Dos documentos operacionais, foi possível depreender que o processo de desospitalização é composto de macroprocessos que objetivam a inclusão da família, o treinamento do cuidador familiar e a organização de rede de atenção à saúde. Com as memórias e lembranças foi possível identificarmos a construção do campo pela perspectiva historiográfica da Equipe de Apoio à Desospitalização e Educação em Saúde (EADES) do Hospital Federal de Bonsucesso e a construção do objeto de pesquisa pela perspectiva participante do pesquisador nos campos e com os artefatos. Considerações finais: É possível afirmar que a desospitalização em hospital geral se dá de múltiplas maneiras e que todas elas nos direcionam a ampliar nosso olhar sobre os sujeitos. Mesmo que se tenha conseguido reunir um número significativo de informações sugestivas sobre o seu modus operandi cabem ainda muitos outros estudos sobre o tema pois, antes de tudo, desospitalização ainda continua sendo um tema pouco explorado em pesquisas acadêmicas.