Comparação entre dois métodos de diagnóstico para caquexia e sobrevida de pacientes em cuidados paliativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Batista, Caroline de Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23497
Resumo: A caquexia do câncer (CC) é observada em pacientes com câncer avançado e associada a piores desfechos. Diversos métodos diagnósticos para a CC são sugeridos, porém são observadas algumas divergências entre eles. Esse trabalho teve como objetivo comparar a sobrevida global (SG) de pacientes com câncer avançado em cuidados paliativos utilizando dois métodos diagnósticos de CC. Estudo de coorte prospectivo realizado no ambulatório do Núcleo de Cuidados Paliativos do Hospital Universitário Pedro Ernesto no Rio de Janeiro, de maio de 2022 a julho de 2023. Os pacientes foram classificados pelos métodos diagnósticos de CC propostos por Wiegert et al. e Vigano et al. em versões adaptadas, classificando a CC em estágios: sem caquexia (SCa), pré-caquexia (PCa), caquexia (Ca) e caquexia refrataria (CaR). As variáveis clínicas, nutricionais e funcionais foram verificadas de acordo com esses estágios. Curvas de sobrevida de Kaplan-Meier e regressão de Cox foram usadas para a análise de sobrevida. Foram incluídos 171 pacientes no estudo, sendo observado uma variação no diagnóstico da CC de acordo com o método diagnóstico utilizado (Vigano: PCa 14,38%, Ca 27,50% e CaR 28,75%; Wiegert: PCa 5,88%, Ca 37,06% e CaR 28,4%). Pacientes com Ca apresentaram maior risco de morte em 180 dias quando comparado aos SCa, por ambos os métodos (Vigano – HR: 2,04; IC: 1,33-3,15; Wiegert – HR: 2,04; IC: 1,33-3,15). No entanto, apenas pelo método de Wiegert a presença de caquexia permaneceu como fator de risco após ajustes dos modelos de regressão multivariada (HR: 1,79; IC: 1,11-2,89). Nossos resultados demonstraram que o método diagnóstico de Wiegert parece ser o mais eficaz na distinção entre os estágios de CC e em sua capacidade de predição da SG. Futuros estudos são necessários na detecção e previsão de risco dos estágios intermediários da CC, além do acompanhamento longitudinal desses pacientes.