A candidata, de Vera Duarte: a história de Cabo Verde relida pela ficção feminina
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19750 |
Resumo: | Esta dissertação versa sobre a análise da obra A candidata, da escritora cabo-verdiana Vera Duarte (2012). Na presente pesquisa buscamos evidenciar que esse romance foi feito por meio de um discurso histórico-crítico, que foi capaz de resgatar a memória da participação das cabo-verdianas na guerra colonial. Por isso, pretendemos elucidar que a obra em questão descreve a luta por libertação por uma perspectiva decolonial, feminina e crioula. Essa escritora, ao retratar o período colonial e o processo de democratização de Cabo Verde, conseguiu investigar os caminhos e as sinuosidades menosprezadas ou ocultadas pela história oficial, já que ela teve a oportunidade de revisitar e reavaliar o passado, mostrando a opressão, o controle, a violência de uma ordem social que foi hierarquizada com atribuições marcantes para colonizadores e colonizados. Nesse trabalho, procuramos apresentar também que a educação foi uma das ferramentas que promoveu a disseminação de ideais independentistas na população cabo-verdiana, mesmo que o acesso ao ensino regular não fosse um direito de toda a população desse país. Por isso, Marina, tio Joaozinho, Pedro entre outros personagens do romance representam como a educação-crítica ensinada, mesmo que de forma clandestina, foi libertadora. Para sustentar as nossas teorias, trabalharemos com os textos de diferentes especialistas como Daniel Pereira (2011), Simone Caputo Gomes (2008), Paulo Freire (2019), Linda Hutcheon (1991), Norma Sueli Rosa Lima (2020) e outros. |