Nações em trânsito em A árvore das palavras e A candidata: Moçambique - Cabo Verde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Benevenuto, Aparecida de Fátima Bosco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-08112010-105639/
Resumo: Esta dissertação analisa a categoria espaço nos romances A árvore das palavras (1997), de Teolinda Gersão, e A candidata (2003), de Vera Duarte, com o objetivo de demonstrar como Cabo Verde e Moçambique, países pertencentes ao macrossistema de língua portuguesa, foram mapeados pelas narrativas, que acompanham a formação identitária das protagonistas e de suas respectivas nações. Diante disso, centramos as análises nas personagens femininas protagonistas das narrativas, Gita e Marina, por considerá-las sujeitos históricos imbricados no jogo de relações sociais e culturais, cuja interação se revela nas identidades constitutivas dessas nações. A investigação desenvolveu-se a partir da apresentação de dados biográficos, produção literária e algumas estratégias discursivas das autoras analisadas, para posteriormente pautar-se em categorias glissantianas como rizoma, acumulação, paisagem e poética da relação. Discutimos, também, a intersecção entre espaço e memória, com apoio de Halbwachs. Ressaltamos que, quando abordamos o percurso da protagonista Marina, optamos por fazêlo nos espaços que compõem o mundo caboverdiano: o arquipélago e a diáspora. Buscamos demonstrar, em nossa pesquisa, com a escritura de Teolinda Gersão e Vera Duarte, a partir de pontos de convergência e dissonância, contribuir para a apreensão dos espaços moçambicano e caboverdiano, em interface com o espaço cultural e político português, que opera ora como pólo de confronto (colonizador), ora como pólo de mediação (diáspora).