Estudo das infecções agudas de fígado e baço por Streptococcus agalactiae em modelo murino de diabetes induzida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Macêdo, Noemi dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23390
Resumo: Streptococcus agalactiae, ou estreptococos do grupo B (EGB), é um coco patogênico Gram-positivo, anaeróbio facultativo, encapsulado, beta-hemolítico, catalase e oxidase negativos, hipurato e CAMP positivos. O S. agalactiae é pertencente a microbiota anfibiôntica dos tratos respiratório, gastrointestinal e urogenital de pessoas saudáveis, podendo ser classificado em dez diferentes tipos capsulares (Ia, Ib, II-XV). O microrganismo é o agente etiológico da mastite bovina e a principal causa de infecções invasivas em neonatos, gestantes e idosos (10-30%). Além disso, em adultos não-grávidos, sobretudo em adultos com doenças subjacentes, o S. agalactiae é responsável por uma elevada taxa de mortalidade e morbilidade. A diabetes mellitus é a mais comum entre todas as doenças associadas às infecções pelo S. agalactiae; contudo, pouco se sabe sobre a relação entre diabetes e a patogênese desse patógeno. Desta forma, este trabalho analisou a infecção do S. agalactiae em modelo murinho de diabetes induzida pela estreptozotocina para analisar a disseminação bacteriana em órgãos relacionados com a resposta imune, o fígado e o baço. Os resultados obtidos demonstraram pela primeira vez o comprometimento do fígado e baço após infecção pelo S. agalactiae, principalmente nos animais diabéticos, sugerindo maior comprometimento das funções vitais de ambos os órgãos durante a ativação da resposta imune. Desta forma, análises mais aprofundadas dos mecanismos afetados são necessárias para maior compreensão da patogênese do S. agalactiae em pacientes diabéticos. Além disso, o modelo de inoculação intraperitoneal mostrou-se adequado para análise do processo de infecção em modelo de diabetes induzida, podendo ser ampliado para outros microrganismos, podendo auxiliar em novas estratégias terapêuticas e profiláticas.