Ojá em cabeça de mulher: feminilidades e trajetórias em terreiros
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16610 |
Resumo: | Este trabalho surge de uma inquietação pessoal e profissional diante da invisibilidade das tensões derivadas do lugar das mulheres e suas experiências religiosas, especialmente as mulheres candomblecistas. Atuando como psicóloga em equipamento público que atendia às vítimas da intolerância religiosa, notava-se que a maior parte dos atendimentos espontâneos eram às mulheres de religiões de matrizes africanas, bem como a maioria dos casos de intolerância religiosa que eram noticiados nos jornais. Porém, mais do que pensar no viés da intolerância religiosa, a intenção aqui é ouvir e acompanhar a trajetória das experiências religiosas de mulheres de terreiro, pensar os desafios, tensões, sabores e contentamento com e dessas estradas e, a partir daí, pensar como estes atravessamentos engendram suas experiências. Embalada pelo ritmo e pelo cheiro do mar, trabalhando no ritmo das ondas e encontrando estas mulheres, surgem suas histórias coloridas pelo descaso, investimentos, sacrifícios, amor, coletividade e generosidade. Sendo guiada pela cartografia, fui levada pelo que elas traziam, as tensões entre homens, mulheres, masculinos, femininos, laços de fé, laços de sangue e, conduzida por elas a pesquisa se propõe pensar sobre suas feminilidades e trajetórias dentro e fora dos terreiros. Neste sentido, a cartografia instigou um lugar de escuta do campo para a construção de conhecimento que produzia um sentido construído num plano comum para as questões que dele emergiam. Portanto, essa pesquisa se situa no campo do “entre”, dos afetos, daquilo compartilhado entre pesquisadora e campo que pode ser partilhado com o mundo, trata da importância de ser afetada, de participar da experiência, de se deixar tocar e sair transformada desta pesquisa-viagem que é implicada e implicante, produzindo uma escrita que é um roteiro de viagem construído e reconstruído a cada porto e que traz notícias das relações destas mulheres com o Estado, suas maternidades, mulheridades, os limites e potências de serem religiosas e de axé |