Novas abordagens dos componentes da tríade do atleta em adolescentes
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23427 |
Resumo: | A tríade do atleta compreende o espectro de baixa disponibilidade de energia (DE), comer transtornado (CT), problemas na função reprodutiva e baixa densidade mineral óssea. Adolescentes podem ser considerados mais vulneráveis a esses componentes, visto que esta é uma fase marcada por intenso crescimento e desenvolvimento biopsicossocial. Recentemente a tríade foi reconhecida como uma síndrome que afeta também o sexo masculino. Entretanto, existem lacunas na compreensão e identificação desses componentes na população masculina, especialmente em adolescentes. Nesta tese são apresentados dois manuscritos originais, os quais são estudos transversais com adolescentes atletas de uma escola municipal vocacionada para o esporte. O artigo I avaliou a relação entre a pontuação dos questionários do comer transtornado, ângulo de fase (AngF) e BIVA em adolescentes atletas do sexo feminino (n= 103). As participantes foram divididas em grupos de acordo com o CT (+EAT-26, +BSQ e controle). O CT foi investigado por meio dos questionários EAT-26 e BSQ. Os estados brutos da impedância bioelétrica (BIA) e o AngF foram determinado por analisador de frequência tetrapolar. As elipses de tolerância foram processadas pelo BIVA-software. As diferenças entre os grupos foram testadas por Kruskal-Wallis com pos-hoc de Dunn. Para identificar a associação entre as variáveis foi utilizada correlação parcial ajustada. O nível de significância foi de 5%. Os grupos foram semelhantes em relação ao gasto energético, composição corporal, pontuação dos questionários de CT, dados brutos da BIA e AngF. Foi observada correlação entre massa corporal e pontuação do BSQ (r= 0,353; p< 0,01) e entre ângulo de fase e pontuação BSQ (r= -0,233; p>0,01) e EAT-26 (-0,225; p< 0,05). A BIVA não distinguiu um padrão de distribuição entre os grupos. O AngF e a BIVA podem ser ferramentas promissoras para uso em atletas adolescentes em risco do CT. Estudos longitudinais com maior tamanho amostral devem ser desenvolvidos para confirmar os achados demonstrados no presente estudo. O artigo II investigou a aplicação da altura de membros inferiores (AMI) como proxy de um componente da tríade em adolescentes atletas do sexo masculino (n= 61). Os participantes foram classificados de acordo com os espectros dos componentes da tríade - DE, CT, densidade mineral óssea (DMO) e o percentil da AMI. A AMI foi obtida pela subtração da altura sentada pela estatura total. A composição corporal foi determinada por absorciometria de dupla emissão de raio-X (DXA). A ingestão alimentar foi estimada pelo recordatório de 24 horas. O CT identificado por questionários validados e a DE foi calculada pela subtração da energia consumida na dieta pela energia gasta no exercício e normalizada pela massa livre de gordura. A tríade foi identificada pelo modelo tradicional (DE/CT e baixa DMO), uma vez que o componente HHG (hipotálamo hipófise gonadal) não se aplica para adolescentes e o modelo modificado (DE/CT, AMI%, e baixa DMO (< -1,0 DP). As variáveis foram apresentadas como mediana e intervalo interquartil. Para comparação entre os grupos foi utilizado o teste de Mann-whitney. O nível de significância foi de 5%. Os participantes apresentaram insuficiência de carboidratos (22,9%), proteínas (30%), cálcio (98,4%). A baixa DE foi identificada em 80% dos atletas e 44% apresentaram positividade para os questionários de CT. Apresentaram baixa DMO 18% atletas, e destes, sete praticavam modalidades de risco para CT. Em relação à AMI%, 19,7% dos participantes estavam abaixo do valor de – 0,136. Não houve diferença entre os grupos (DE, CT, DMO e percentil da AMI) e 8% apresentaram positividade no modelo tradicional e nenhum atleta foi identificado no modelo adaptado. O uso da AMI% como componente da tríade do atleta pode ser promissor em estudo futuros. |