Prevalência de Tríade da Mulher Atleta em adolescentes de escola municipal vocacionada para o esporte
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7247 |
Resumo: | A adolescência é um período suscetível para o desenvolvimento de desordens alimentares (DA), sendo as adolescentes atletas mais expostas, principalmente aquelas que praticam modalidades esportivas consideradas como fator de risco para DA. A maior demanda de energia gerada pelo crescimento e pela prática esportiva associada à restrição energética podem desencadear baixa disponibilidade de energia (DE), com ou sem DA, o que pode levar a alterações no ciclo menstrual e na homeostase óssea. A inter-relação dessas modificações ou a alteração em um desses componentes pode caracterizar a tríade da mulher atleta (TMA). O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de TMA em adolescentes de diferentes modalidades esportivas consideradas de risco para DA e por nível de competição em uma escola vocacionada para o esporte. É um estudo transversal em que foram determinados: a maturação óssea e a composição corporal por absorciometria de dupla de emissão de raio-x, perfil dietético por recordatório de 24 horas, desordens alimentares por EAT-26, BITE, BSQ, e o estado menstrual por questionário validado. Os grupos foram divididos por modalidades de risco à DA e por nível de competição. Utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk para testar normalidade dos dados, teste-tde Student para variáveis numéricas e o teste qui-quadrado para variáveis categóricas através do software SPSS 17.0 com nível de significância adotado de p<0,05. Participaram do estudo 45 adolescentes entre as quais, não houve diferença entre os grupos em relação a idade cronológica, idade da menarca e composição corporal (p>0,05). De forma geral, 71% e 55% das atletas consumiam proteína e carboidratos abaixo do recomendado, respectivamente, 42% das atletas apresentaram ingestão excessiva de lipídeos, sendo que 84% ultrapassavam o limite de gordura saturada e mais de 70% das atletas apresentaram ingestão insuficiente de ferro e zinco e nenhuma participante alcançou a recomendação de cálcio. Considerando o menor ponto de corte, 45% e 37% das atletas do grupo de maior risco para DA e maior nível de competição apresentaram baixa DE, respectivamente. A prevalência geral de DA foi de 57%, sendo que para o EAT, BITE sintomas, BITE gravidade e BSQ a positividade foi de 15%, 17%, 4% e 42%, respectivamente. 30% do grupo de maior risco para DA e maior nível de competição apresentou menstruação irregular e atletas do grupo de maior nível de competição tiveram maior proporção de amenorreia secundária (p=0,05). As médias de densidade mineral óssea não apresentaram diferença entre os grupos, porém, 9% do grupo de maior nível de competição apresentou os menores valores de densidade mineral óssea. No que diz respeito à TMA, 85% das atletas apresentaram ao menos um componente da tríade. Já considerando dois componentes, o grupo sem risco para DA e maior nível de competição tiveram prevalências acima de 40%. Duas (4%) atletas já apresentaram tríade geral. Esses achados indicam a necessidade de ações de prevenção a tríade da mulher atleta, principalmente na adolescência, onde ausência de aporte energético e de nutrientes para o crescimento pode levar a consequências graves na vida adulta |