Narrativas de jovens e adultos com deficiência intelectual: uma reflexão sobre autopercepção e trajetória escolar a partir da metodologia de História de Vida
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10753 |
Resumo: | A literatura evidencia que ainda é preciso aprimorar a implementação das políticas de inclusão educacional e social de pessoas com deficiência intelectual. O processo de escolarização desse alunado, sobretudo no âmbito do ensino comum é complexo, e, há relativamente poucos estudos que privilegiem a visão desses sujeitos sobre suas próprias trajetórias. Nessa perspectiva, o objetivo principal deste estudo é analisar a autopercepção e visão de mundo de jovens e adultos com deficiência intelectual que já tenham ou estejam atualmente frequentando o ensino comum. Para isso, foram entrevistados sete sujeitos, de ambos os sexos, com vivencias no ensino comum. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa que seguiu os pressupostos da metodologia de História de Vida. O aporte teórico utilizado no estudo se baseou nos aspectos psicossociais da deficiência intelectual, analisando o conceito de deficiência a partir das representações sociais, com foco nas concepções de estigma e preconceito. Ao compartilhar suas histórias, os sujeitos nos permitiram compreender algumas singularidades sobre suas trajetórias de vida, destacando três principais eixos temáticos: experiências de vida, escola e relacionamentos. A pesquisa revelou que pessoas com deficiência intelectual formam um grupo heterogêneo. Os sujeitos relataram experiências cotidianas que não são distantes daqueles que não apresentam deficiência. Entretanto, a análise das falas mostrou que a superproteção familiar e a falta de autonomia restringiam os ambientes que eles frequentavam e consequentemente afetavam seus relacionamentos e participação social de modo geral. Mesmo com as diferenças pessoais, o desejo em continuar o percurso escolar e ingressar no mercado de trabalho foi um tema recorrente. A escola é vista como um meio de superação e realização pessoal, mas também se mostrou ser um espaço de exclusão e preconceito. A partir das narrativas, foi possível concluir que apesar dos avanços da proposta de educação inclusiva em termos das políticas e das concepções teóricas, estas ainda não são o suficiente para atender as especificidades dos seus alunos. Esperamos que este estudo possa influenciar a elaboração, execução, e a validação de programas e ações inclusivas para pessoas com deficiência intelectual que privilegiem seu protagonismo e desenvolvimento psicossocial, bem como contribuir para a produção de conhecimento na área |