Palinologia do cretáceo superior da formação urucutuca - Bacia de Almada (BA): interpretações bioestratigráficas e paleoambientais
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21640 |
Resumo: | O presente trabalho aborda resultados obtidos com a integração dos dados de palinologia, palinofácies e geoquímica orgânica (COT/S e Pirólise Rock-Eval) realizados em 26 amostras de testemunho do poço SST-01. Neste poço foram atravessados 250 metros da Formação Urucutuca na porção onshore da Bacia de Almada, localizado no Estado da Bahia, Brasil. Através da caracterização das variações palinofaciológicas com base no conteúdo da matéria orgânica, associada a dados organogeoquímicos e palinológicos foi possível distinguir três tipos de palinofácies, com características de distintos ambientes com influência marinha. A Palinofácies 1 caracteriza-se por alto percentual de fitoclastos (70%) e COT de 1%; já a Palinofácies 2 apresenta maior conteúdo em palinomorfos marinhos (40%) e o menor valor para COT 0,67%. Enquanto que na Palinofácies 3 predomina o grupo da matéria orgânica amorfa (MOA) com percentuais de até (54,1%) e COT de 0,75%. Da análise do ICE, constatou-se valores entre 4 e 5, indicando que a Formação Urucutuca, na área investigada, encontra-se em uma fase inicial da maturação térmica, entrando na janela de geração de hidrocarbonetos.As análises de Carbono Orgânico Total (COT), apresentaram valores oscilando entre 0,04% a 1,85%, de forma heterogênea ao longo de todo o poço. Por meio dos resultados adquiridos com a Pirólise Rock-Eval verificou-se que todo o poço apresenta um baixo potencial gerador, com valores de S2 inferiores a 2 (mg/g); e com baixos valores do Índice de Hidrogênio (IH) e Índice de Oxigênio (IO), indicando presença de uma matéria orgânica composta por querogênio do Tipo IV. Conclui-se, assim, que mesmo nos níveis com teores de COT acima de 1% o potencial gerador da área é extremamente baixo. A sucessão palinológica mostra predomínio dos representantes de origem continental, contudo a presença de formas marinhas (dinoflagelados e/ou palinoforaminíferos) fazem-se presentes ao longo de toda a seção. Evidencia-se, ao longo da seção, duas ocorrências expressivas de dinoflagelados, tanto em termos quantitativos quanto em diversidade, nas porções basal e média, sugestivas da presença de eventos transgressivos ou, ao menos de ocorrência de variações do nível marinho. Através das análises palinológicas foram identificadas 46 espécies de palinomorfos, incluindo grãos de pólen, esporos, dinoflagelados e algas. Em termos bioestratigráficos foi possível reconhecer e correlacionar a seção como enquadrável na Zona Tricornites elongatus (P-470) da Superzona Crassitricolporites brasiliensis (P-450) e atribuir a idade Eomaastrichtiano. Com base nas duas biozonas é possível correlacionar estratigraficamente a porção do Maastrichtiano superior da Formação Urucutuca com outras unidades litoestratigráficas. A integração dos dados palinofaciológicos, organogeoquímicos e palinológicos, permitiu a observação de constantes variações ambientais dominantemente plataformal, ora distal ora mais proximal, com possíveis transgressões e forte influxo de terrígenos durante o Eomaastrichtiano. |