Modelo geológico conceitual do paleocânion de Regência, região onshore da Bacia do Espírito Santo, Cretáceo ao Eoceno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Batiston, Denis Antonio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180232
Resumo: O paleocânion de Regência é reconhecido em subsuperfície da bacia do Espírito Santo, localizado nas proximidades da foz do Rio Doce (ES), originado no Cretáceo e preenchido até meados do Eoceno. Dados de 31 seções sísmicas, 29 poços e marcadores bioestratigráficos (definidos por nanofósseis calcários) substanciaram a elaboração de modelos geológicos que aprimoram o conhecimento sobre a evolução do paleocânion. Os resultados incluem correlações estratigráficas, interpretações de feições estruturais e das principais superfícies estratigráficas no âmbito das formações Mariricu, São Mateus, Regência e Urucutuca, assim como seções esquemáticas transversais e longitudinais do paleocânion, mapas de contorno estrutural dos topos litoestratigráficos e de contorno morfológico do paleocânion. Estas informações foram integradas em detalhe para discutir sua origem, o preenchimento e os fatores de controle. Desde o início, o paleocânion foi estruturado por falhas no embasamento. Próximo ao topo da Formação Mariricu, de idade aptiana, já há indícios de uma extensa calha rasa. O paleocânion é dividido pela Zona de Charneira Cedro-Rio Doce (ZCCRD), que é um sistema de falhas normais de direção praticamente N-S. A morfologia e a largura do paleocânion também foram controladas por diversas falhas normais menores nos blocos proximal e distal à ZCCRD, originadas no embasamento, ainda ativas quase até o final do preenchimento do paleocânion, com direção principalmente SO-NE. Falhas normais também tiveram papel determinante na origem de um canal secundário de grande porte a sudoeste, assim como outros menores ao longo da margem norte do paleocânion. Na porção proximal, depósitos neocretácicos podem ter sido preservados devido a abatimento e rotação de blocos por falhas normais. Faltam sedimentos paleocênicos no depocentro do paleocânion em razão de processos erosivos provavelmente controlados por abaixamento relativo do nível do mar. Pode- se inferir que o preenchimento proximal eo-eocênico foi por sedimentos da mesma fonte que aqueles acumulados no depocentro do paleocânion em fase de nível relativo do mar baixo. Refletores sísmicos sugerem a presença de canais empilhados e gradação ascendente para canais dispersos. Na parte proximal basal há padrões de refletores sísmicos atribuíveis a fluxos gravitacionais subaquosos e, mais comumente, associados à borda do paleocânion. Notam-se também feições causadas por compactação diferencial. O conjunto de interpretações é sintetizado esquematicamente através de um modelo geológico evolutivo e deposicional.