Valoração econômica dos serviços recreativos e ecoturísticos em unidade de conservação: o caso do Parque Nacional da Tijuca (Rio de Janeiro - RJ)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Malta, Ricardo Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13358
Resumo: O objetivo principal da presente dissertação foi realizar a valoração econômico-ambiental dos serviços recreativos e ecoturísticos de um dos setores do Parque Nacional da Tijuca, a Floresta da Tijuca, localizada na cidade do Rio de Janeiro. Para tanto, foram aplicados dois métodos: o método de valoração contingente, para estimar as disposições do visitante a pagar para visitar o recurso natural Floresta da Tijuca , e a doar uma quantia anual para um fundo de conservação e preservação da referida unidade; e o método do custo de viagem, para calcular o custo de viagem do visitante, ou seja, os gastos com deslocamento, alimentação, compras etc, para poder visitar a área natural. O levantamento dos dados primários foi efetuado no período de janeiro a dezembro de 2006, através de 228 entrevistas aplicadas em dois locais: Largo do Bom Retiro e Meu Recanto. O valor da disposição a pagar média foi estimado em R$ 6,16 por visita. Considerando que a Floresta da Tijuca recebe um contingente de 340 mil visitantes/ano, e que 58,77% dos visitantes entrevistados estavam dispostos a pagar uma taxa de ingresso para visitá-la, o Valor de Uso Recreativo e Ecoturístico estimado foi de R$ 1.230.878,80/ano. O valor da disposição a doar média foi de R$ 48,31/ano, e considerando que 31,14% dos visitantes entrevistados estavam dispostos a doar essa quantia anual, o Valor de Existência da Floresta da Tijuca foi estimado em R$ 5.114.869,50/ano. Somando-se os dois valores chegamos ao Valor Econômico Parcial da Floresta da Tijuca (VEp) estimado em R$ 6.345.748,30/ano. O custo de viagem médio foi de R$ 47,14 por visita, o que representa um Valor de Uso Recreativo e Ecoturístico de R$ 16.028.594,36/ano, obtido pela abordagem individual do método. Pela abordagem por zona, o Valor de Uso Recreativo e Ecoturístico da Floresta da Tijuca foi estimado em R$ 16.340.485,81/ano. Tais valores demonstram a importância sócio-ambiental da Floresta da Tijuca para a população da cidade do Rio de Janeiro. Através dos resultados obtidos foi possível: espacializar em mapas a atratividade que o Parque Nacional da Tijuca exerce sobre os locais de origem dos visitantes moradores da cidade do Rio de Janeiro; caracterizar o perfil da visita e dos visitantes da Floresta da Tijuca, através de suas percepções e reações sobre o ambiente visitado; e propor medidas e recomendações para a gestão do uso público no Parque Nacional da Tijuca.