[pt] MERCANTILIZAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E SUAS IMPLICAÇÕES NA GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE A CONCESSÃO DO SETOR PAINERAS/CORCOVADO (PARQUE NACIONAL DA TIJUCA - RJ) E OS EFEITOS SOBRE OS MORADORES DAS FAVELAS DO CERRO CORÁ E DO GUARARAPES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: GLAUCIO GLEI MACIEL
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25903&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25903&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.25903
Resumo: [pt] A presente pesquisa tem por objetivo analisar o processo de mercantilização da cidade do Rio de Janeiro e suas implicações na gestão e uso dos espaços turísticos do Setor Paineiras/Corcovado do Parque Nacional da Tijuca, e seus efeitos no trabalho dos moradores de favelas do Cerro Corá e Guararapes. Admitimos como referencial teórico a concepção marxista dos campos da geografia, sociologia urbana e serviço social, segundo a qual, os setores dominantes exercem um processo de exploração econômica, bem como exclusão política, cultural e social dos outros segmentos sociais, aplicando-a aos espaços urbanos, no contexto dos parques nacionais e seus trabalhadores e, sobretudo, os que habitam em favelas, os quais são considerados espoliados pelo sistema capitalista. Adotamos como estratégia metodológica a realização de entrevistas, análises de livros, artigos e teses, bem como documentos, jornais impressos/eletrônicos e vídeos na internet. A pesquisa demostrou que o planejamento estratégico presente nas cidades brasileiras, com os papéis definidos pelo mercado empresarial, é amostra das modificações ocorridas dentro do Estado, na população urbana, nas organizações sociais e na configuração de poder em torno do direito aos espaços públicos. Estas alterações receberam consideráveis contribuições para sua consolidação como projeto político e econômico, com a inserção dos parques nacionais no circuito de promoção da imagem e negócios das cidades, sobretudo, modificando sua forma de gestão e uso a partir de concessões que antes não existiam. Demostrou, também, todo o processo que originou a mercantilização da cidade do Rio de Janeiro na gestão e uso do Setor Corcovado/Paineiras, em áreas do Parque Nacional da Tijuca e, consequentemente, suas implicações na prestação de serviços turísticos realizadas por favelados do Cerro Corá e do Guararapes, indicando a necessidade de uma releitura do papel do Sistema Nacional de Unidades de Conservação frente à sustentação de terceirizações e concessões em parques nacionais, considerando as experiências de trabalho realizadas por moradores de favelas junto a turistas como forma de resistência social à mercantilização dos espaços públicos e exclusão.